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O "suplício" das campanhas

  • Foto do escritor: Henrique Correia
    Henrique Correia
  • há 8 horas
  • 2 min de leitura



Para o povo, é igual, o povo abraça e o povo vota. É pouco para decidir o futuro? É. Mas é assim que funciona. Cheio de vazio. Quanto pior, melhor...E como resulta, inovar até estraga...






Estamos na parte final da campanha para as eleições legislativas nacionais de 18 de maio e é impossível não detetar a saturação do eleitorado e a "sonolência" provocada pela falta de criatividade dos partidos e dos candidatos, que no meio de mensagens repetidas e lugares comuns com uma confusão de popularidade, acabam por assumir papéis ridículos que vão desde passeios de mota a banhos passando por jogos de volei e muitos beijos e abraços à mistura numa banalização dos afetos, sempre difusos, sempre conjunturais, sempre forçados pela conjuntura.

Um diz que é o farol do País, tem-se em muito boa conta, outro diz que tem a solução certa para governar Portugal, mas há reservas trazidas do passado e cujo reflexo só saberemos domingo. Para o povo, é igual, o povo gosta, o povo abraça e o povo vota. É pouco para decidir o futuro? É. Mas é assim que funciona. Cheio de vazio. Quanto pior, melhor. E como resulta, inovar até estraga.

Tempos de antena para "encher", entrevistas sem conteúdo e impossíveis de esclarecer seja o que for, dizem que é cumprir a democracia, contactos de rua sempre iguais, sempre inócuos, sempre gente arregimentada com as mesmas mensagens, a política vai perdendo qualidade, os governos fazem as suas escolhas nivelando por baixo, as oposições ficam sem espaço de manobra reativa, resta pouco internamente pelas lideranças que perdem força e dimensão. E oposições fracas contribuem para fracos governos. Sobretudo se à falta de escrutínio político se juntar a falta de escrutínio público.

Estas eleições nacionais, para os madeirenses, situam-se em dois patamares: a escolha de deputados, são seis, em representação da Madeira, e outra escolha, também de deputados, mas que no conjunto irá conduzir um ou mais partidos à formação do Governo da República. São escolhas, nem sempre compatíveis face aos objetivos em causa, mas escolhas na mesma. São opções, com especificidades, de cada um dos eleitores na Região.

Fica sempre uma certa "angústia de campanha". Ninguém está cansado de eleições, mas há um cansaço da forma como se faz a campanha para as eleições. O grande desafio está há muito colocado aos partidos, sem que os grandes especialistas nos tragam algo diferente. Trazem "cozinheiros", os "chefs" de pompa e circunstância, trazem-nos motards de improviso, nadadores de ocasião, tudo estratégias que procuram dar "canal", coisa que não dá muito trabalho mas resulta num eleitorado que, grande parte, não quer ter muito trabalho para avaliar o que é muito elaborado.

 
 
 

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