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Partidos fizeram as maiores aberturas ao clientelismo e ao tráfico de influências"

  • Foto do escritor: Henrique Correia
    Henrique Correia
  • 27 de abr. de 2021
  • 2 min de leitura

Antigo ministro e deputado socialista João Cravinho não poupa o PS que "não pode fingir que num momento em que teve maioria absoluta foi contra esse combate (corrupção)"




A Associação Sindical de Juízes Portugueses apresentou uma proposta para alterar a lei do exercício de funções por titulares de cargos políticos e altos cargos políticos, com o objetivo de investigar e punir o crime de ocultação de riqueza.

Aquela estrutura de classe, como referiu há dias o jornal eco, apresentou "uma proposta que representa os juízes e destinada, também, ao controlo do exercício, pelos mesmos, das funções judiciais”. Isto porque uma das alterações da lei publicada há ano e meio, passou por incluir os magistrados judiciais e do Ministério Público nestas obrigações de justificação de rendimentos e património".

António Costa, o primeiro-ministro, elogiou a iniciativa e afirmou que o Governo prepara instrumentos legislativos contra a corrupção e salientou que este tema "não pode ser arma de arremesso político".

Mas esta realidade política foi hoje "desmontada" pelo antigo ministro socialista João Cravinho, em declarações à SIC. Cravinho foi autor de um pacote contra a corrupção, sempre com oposição socialista. E hoje, não poupa críticas ao PS, diz que a proposta da associação de juizes "é vencedora mas não é nova".

O antigo ministro diz que "o PS não pode fingir que num momento em que teve maioria absoluta foi contra esse combate. E o próximo congresso do PS deve tomar posição sobre o assunto, que caminho a seguir".

Cravinho vai mais longe, mais abrangente, mais de acordo com a realidade que conduziu a vida dos partidos: "Conheço bem os partidos, depois do 25 de abril e alguns antes. Há 40 anos que o genoma dos partidos políticos é absolutamente idêntico. Tirando o PCP, que existia, os outros, para ganharem votos e influência nas eleições seguintes, fizeram as maiores aberturas ao clientelismo, ao tráfico de influência e à entrada de gente com poder para se enriquecerem e para enriquecer os amigos".


 
 
 

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