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Foto do escritorHenrique Correia

Regionais: os indecisos só existem para as sondagens




Muita gente que não quer dizer a ninguém o que vai fazer e por via das dúvidas, não vá saber-se por "portas e travessas", prefere ficar um indeciso oficial. E isso "trai" as empresas de sondagens.


Imagem 3Dmask


As eleições legislativas regionais do próximo domingo entram na última semana de campanha e com elas um novo enquadramento parlamentar para os próximos quatro anos. Novo por ser nova Legislatura, em primeiro lugar, só depois da contagem de votos veremos se será novo na correlação de forças ao ponto de poder vir a influenciar a governação.

E no global, os eleitores já decidiram as suas opções há muito tempo, os indecisos só existem mesmo para as sondagens por haver muita gente que não quer dizer a ninguém o que vai fazer e por via das dúvidas, não vá saber-se por "portas e travessas", prefere ficar um indeciso oficial. E isso "trai" as empresas de sondagens.

Por isso é que é preciso muito cuidado com estas consultas prévias, são meros indicadores. Mas de resto, as pessoas já decidiram até mesmo antes da campanha, inclusive quem vai protestar por não encontrar eco nem nos partidos que têm governado, nem nos que têm a função de se constituir como alternativa. E o protesto será sem dúvida no Chega, esperam que o partido de André Ventura possa fazer no Parlamento Regional o papel que tem feito na República. O problema é mesmo haver só um André Ventura, sem menosprezo pelos candidatos regionais, que ainda por cima têm expressado uma relação dificil com a pontualidade nos debates. Mesmo assim, esta última sondagem garante 3 deputados se se confirmar nas urnas o número de votos para isso.

Vamos para esta semana com a expetativa da maioria absoluta. Haverá mesmo essa maioria absoluta que dará à coligação 24 ou mais deputados eleitos? Poderá haver uma percentagem de votos que domingo venha a alterar o resultado dos chamados "pequenos partidos" e com isso fazer perigar a maioria absoluta? Poderá o JPP eleger mais do que 5 deputados, como refere a sondagem do JM? E o PS poderá evitar perder tantos deputados como se prevê? Todas estas situações, parecendo pequenas por si só, poderão ter influência no conjunto do resultado e com reflexos na transformação em mandatos, daí estar tudo em aberto no que se relacionada, não no que toca a vencedores e vencidos em número de votos, mas na dimensão das respetivas vitórias e derrotas que darão expressão ao Parlamento.

Não é por acaso que Miguel Albuquerque tem feito um apelo ao voto e à maioria absoluta. Sabe que a conjuntura não põe em perigo a vitória, mas pode comprometer a maioria absoluta e obrigar à entrada de um terceiro partido na equação, que só pode ser a Iniciativa Liberal. Mas aí, mesmo vencendo as eleições, Albuquerque ficaria com um sabor amargo de repetir em 2023 o que aconteceu em 2019 e agora numa conjuntura para si mais favorável. Por um lado, mostrou obra de quatro anos, por outro o PS está mais fraco do que em 2019. Seria mau, para Miguel Albuquerque, não ter maioria absoluta.

Será de referir a posição reforçada do JPP. uma espécie de prémio do eleitorado ao partido que tem conseguido irritar Miguel Albuquerque, que tem conseguido tocar nos assuntos mais polémicos e com um tom de "provocação" que tem tirado o líder do PSD-M do "sério", basta ver nos debates. Miguel Albuquerque tem uma "pedra no sapato" e não consegue esconder isso apesar da sua experiência política e confiança governativa.

O JPP poderia até ir mais longe não fora o "tiro no pé" quando o importante era disparar contra o alvo definido. A "briga" de irmãos caiu mal e o resultado de domingo, que deverá ser melhor do que em 2019, poderá não ser tão bom quanto poderia ser.





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