Rodrigues avisa: atenção à classe média
- Henrique Correia
- 1 de jul. de 2023
- 2 min de leitura
"Não podemos ter preços a subirem à velocidade do elevador e salários a crescerem ao ritmo das escadas”, alertou.


Tal como disse as críticas do primeiro-ministro António Costa relativamente à senhora Lagarde, que responsabilizou o aumento dos salários pela inflação e pela necessidade de aumento das taxas de juro, também o presidente da Assembleia, ma sessão solene do Dia da Região, defendeu o aumento dos salários para não continuar a asfixiar a classe média.
José Manuel Rodrigues trouxe uma intervenção de alerta aos governos para que o trajeto do populismo não resulte num futuro de problemas. Chamou a atenção para “problemas e desafios aos quais urge acudir e solucionar”, começando por destacar a necessidade de fixar os jovens e de aumentar os salários para não continuar a asfixiar a classe média.
“Felizmente – julgo que todos concordarão – a Madeira teve uma excelente recuperação no pós- pandemia, resistiu bem às consequências da guerra na Ucrânia e regista taxas de crescimento assinaláveis e promissoras em vários setores económicos. No entanto, subsistem sempre problemas e surgem outros desafios aos quais urge acudir e solucionar”, enquadrou o Presidente do Parlamento madeirense, refere uma nota do Parlamento.
O presidente da Assembleia vincou que “se perdermos a paz social e o equilíbrio entre classes, abrimos caminho ao crescimento dos populismos e estou certo de que a maioria dos madeirenses não quer o futuro da sua terra dependente desses radicalismos”.
“Neste âmbito, entendo ser fundamental estarmos atentos ao que se está a passar com a classe média, asfixiada por uma pressão inflacionista e por um aumento de juros sem paralelo na história recente, que está a afetar os seus níveis de vida e, nalguns casos, a conduzir algumas famílias ao empobrecimento.
Não podemos ter preços a subirem à velocidade do elevador e salários a crescerem ao ritmo das escadas”, alertou.
“A classe média é a espinha dorsal de uma sociedade justa e equilibrada e a sua força e crescimento têm sido fundamentais para a mobilidade social na nossa comunidade, garantindo o sucesso destes quase 50 anos de Autonomia, e estou convicto de que continua a ser um fator indispensável à estabilidade política e social e ao nosso progresso económico e financeiro”, rematou José Manuel Rodrigues.
No final da XII Legislatura, o Presidente do principal órgão de Governo Próprio da Região, defendeu, ainda, a ampliação da Autonomia, criticando a forma como o processo está a ser conduzido.
“Quando se esperava uma revisão da Constituição que aumentasse os poderes legislativos da Região, designadamente os fiscais, e acabasse com os complexos centralistas e com conflitos desnecessários, temos uma revisão feita às escondidas nos gabinetes recônditos de São Bento, que vai dar em nada e que constituirá mais um fracasso”.
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