“Temos 73 mil pessoas em risco de pobreza, sendo que destes, 19 mil são trabalhadores que aquilo que auferem ao fim do mês não dá para pagar as suas despesas. E, destes 73 mil, 13 mil são idosos com pensões à volta dos 300 euros".
Quem não soubesse, diria que José Manuel Rodrigues não esteve nem está ainda no Governo de gestão PSD/CDS. O lider centrista, que como se sabe é também presidente da Assembleia, fez uma ação de pré campanha na chamada "terra libertada", a terra do padre Martins, a Ribeira Seca. O que inspirou Rodrigues a um discurso de futuro criticando o passado que deixou a Região, como diz, com salários baixos, impostos altos e um risco de pobreza que terá aumentado como o crescimento económico. Foi um Rodrigues do partido ligado à defesa do capital, a falar do proletariado, para lembrarmos uma terminologia aplicada pós abril de 74.
Para José Manuel Rodrigues "a Madeira tem registado níveis de crescimento económico assinaláveis, com recordes em várias áreas, mas não tem correspondido a isso uma alteração da realidade social da Região, designadamente da pobreza".
O líder do CDS diz que "é preciso que o crescimento económico se reflita na realidade social" e recorda que "temos os salários médios abaixo da média do país. “Temos 73 mil pessoas em risco de pobreza, sendo que destes, 19 mil são trabalhadores que aquilo que auferem ao fim do mês não dá para pagar as suas despesas. E, destes 73 mil, 13 mil são idosos com pensões à volta dos 300 euros que, muitas vezes, têm de optar entre comprar alimentação ou comprar medicamentos”.
O presidente do CDS, que vai sozinho às Regionais de 26 de maio, participou num convívio com trabalhadores da construção civil, na Ribeira Seca, a quem passou uma mensagem sobre as propostas do partido para as eleições. Deixando um propósito:
"O CDS reafirma que, na próxima legislatura, é crucial que tenhamos avanços significativos do ponto de vista social. Como explicou o líder centrista, o CDS defende um aumento dos salários e uma redução dos impostos. “Temos de chegar a um acordo com os parceiros sociais para elevar os salários na Madeira para a média nacional que, neste momento, está nos 1500 euros”. Por outro lado, “temos de atuar na redução dos impostos devolvendo mais dinheiro às famílias”.
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