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  • Foto do escritorHenrique Correia

Sara sem "medo" dos apupos: mostram que é urgente clarificar o PSD-M


"O PSD não é de uma “cúpula”, ou de um grupo restrito de duas ou três pessoas que condiciona e decide o futuro da Madeira, nas costas de todos".




Sara Madruga da Costa desenvolveu lutas pelo seu partido, o PSD, enquanto deputada na Assembleia da República e acabou preterida nas escolhas feitas por Miguel Albuquerque, líder neste momento demissionário e amanhã, segunda-feira, com a demissão confirmada por decreto. A ainda deputada termina o mandato depois de ter dado a cara pelo partido com algumas medidas difíceis de defender, por vezes indefensáveis. E foi este percurso de lealdade e militância que a conduziu até aos apupos no último conselho regional, que em plena vida democrática conviveu mal com uma opinião diferente da dominante no que às eleições antecipadas diz respeito. Ninguém diria que o partido no Governo há quase meio século, ia dar esta demonstração de intolerância interna precisamente num momento em que talvez se exigisse humildade para contrastar com o absoluto conceito de poder, hoje fragilizado e não se sabe até onde.

Sara Madruga da Costa andou de bandeira em punho, de canetas na mão e com um apoio incondicional ao líder, teve também o apoio deste no desempenho de parlamentar na Assembleia da República. Mas bastou um não entre o sim generalizado para ter como resposta um apupo que talvez a oposição não levasse. E nem as palavras de conforto para Albuquerque e Calado, o primeiro a ali presente a ouvir, impediu aqueles comportamentos.

A visada defendeu eleições antecipadas e defendeu-as no conselho regional, dizendo isto: "O nosso futuro, não pode estar condicionado pela decisão de 2 ou 3 pessoas. O partido é de todos e não de alguns. As decisões devem ser transparentes e devem envolver todos.

Um Governo que não foi eleito diretamente tem a sua legitimidade política diminuída. Se ainda por cima e nas actuais circunstâncias, for indicado pelo seu antecessor e por 2 ou 3 pessoas, a sua autoridade é muito, mas muito refuzida".

Este domingo, num artigo no DN Funchal, Sara Madruga da Costa diz que "nada, nem mesmo alguns apupos me demovem de manifestar a minha opinião, como madeirense e militante do PSD, um partido onde se pode falar de forma livre...Mas, se já estava preocupada, com as notícias que envolvem a Madeira, o sinal que foi dado pelos presentes na reunião do Conselho Regional, de intolerância a opiniões diferentes, fizeram-me ter a certeza que é urgente convocar eleições e fazer uma clarificação do papel e dos valores

do PSD na sociedade madeirense".

A deputada diz que "o PSD é um partido que se orgulha da pluralidade de opiniões, que ouve e conta com todos e que nunca deixa de marcar a diferença. O PSD não é de uma “cúpula”, ou de um grupo restrito de duas ou três pessoas que condiciona e decide o futuro da Madeira, nas costas de todos. Não tenho dúvidas de que este ciclo do partido terminou e que precisamos de virar rapidamente esta página, de escolher uma nova liderança e de regenerar o partido. Quanto mais tempo, demorarmos a fazê-lo pior será".


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