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  • Foto do escritorHenrique Correia

Um fenómeno chamado CHEGA está a "encostar" o PSD



Os radicalismos nascem pelos excessos que conduzem ao desvirtuar dos princípios da transparência, do respeito pelos cidadãos e da essência da Democracia, resultando na ineficácia de soluções. E por isso, vamos ter CHEGA até dizer "CHEGA".





Já se percebeu a estratégia do líder do Chega André Ventura. Sabe que prometer não custa, promete o que não pode nem é exequível em alguns casos, mas está efetivamente embalado num fenómeno que tem sido visível na Europa, mas um pouco por todo o mundo, de popularidade traduzida pela inércia dos partidos tradicionais que deixaram terreno aberto para o descontentamento generalizado e o surgimento de radicalismos que ganham adeptos a cada dia que passa por falta de resposta nas soluções que a sociedade precisa, que a juventude precisa e que sectores importantes precisam, como a Segurança, a Saúde e a Educação.

Mas se analisarmos bem, o problema não é o Chega. O problema é mesmo os partidos do centro direita estarem a perder votos por não conseguirem prender um eleitorado que foi seu. E o maior problema é mesmo o PSD, que não só não tem conseguido capitalizar a fraca prestação governativa do PS, como tem permitido que o Chega ocupe um espaço que um PSD nos seus melhores tempos não permitia.

O PSD de Montenegro está com um grave problema de comunicação, com um tempo que leva "muito tempo" e uma estratégia que vem permitindo a André Ventura "esticar a corda" e aspirar a uma votação que lhe permita ser decisivo numa eventual alternativa à Direita. E quando Ventura elege Nuno Pedro Santos como o seu principal opositor, está a elevar os níveis de confiança como líder da oposição e, simultaneamente, desvaloriza a liderança de Montenegro acusando-o de se inspirar em Cavaco Silva quando deveria inspirar-se em Sá Carneiro, uma figura que Ventura tem trazido aos discursos precisamente para "picar" o "farol" de todos os líderes do PSD ao longo do processo democrático.

Ventura é um só. E o Chega é Ventura em Lisboa, no Porto, na Madeira ou nos Açores. Os eleitores do Chega votam em Ventura. Sempre. E por isso, Ventura tem o mérito de fazer tanta mossa sendo apenas um homem. Pode ser demagógico em algumas medidas, os partidos tradicionais consideram-no "um perigo" para a Democracia e para os direitos, liberdades e garantias, mas o Chega faz parte do sistema partidário português, constitucionalmente aceite, e por isso é preciso que, quem quer combater este fenómeno político, saiba fazê-lo com estratégia, com trabalho democrático, e com soluções que chamem os eleitores em vez de afastá-los.

Os radicalismos nascem pelos excessos de 4, que conduzem ao desvirtuar dos princípios da transparência, do respeito pelos cidadãos e da essência da Democracia, resultando na ineficácia de soluções. E por isso, vamos ter CHEGA até dizer "CHEGA".

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