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2024: a Direita "endireita-se"? O Chega sobe? O PSD-M continua a perder votos?

Foto do escritor: Henrique CorreiaHenrique Correia


Sara Madruga da Costa: "Desejo que a mágoa da injustiça impulsione a continuar a fazer o bem. As atitudes ficam para quem as pratica". Se não foi diretamente para Albuquerque, andou lá perto...



Dois de saída: Sara Madruga escreve que  "as atitudes ficam para quem as pratica". Dinis Ramos foi uma "renovação" agora "renovada".


Estas são, entre outras, algumas das questões que se colocam, politicamente, para 2024, em função das eleições antecipadas de 10 de março depois da demissão do primeiro-ministro António Costa por estar a ser investigado, segundo o Ministério Público, num caso de eventual favorecimento em negócio.

Os desafios políticos para 2024 são grandes, além das legislativas nacionais, temos as europeias e as eleições regionais nos Açores, também elas antecipadas. Não faltam, portanto, atrativos políticos que vão definir o quadro político partidário para os próximos anos, com a eleição de um novo Governo da República muito provavelmente numas eleições em que não há previsão de maioria absoluta para os dois partidos/coligações que se apresentam como os que têm maiores hipóteses de vitória, por um lado o PS, por outro a coligação PSD/CDS, sendo que as primeiras sondagens, ainda sem o acordo PSD/CDS, dão conta da necessidades de acordo ou acordos pós eleitorais, referindo-se que nesse caso, a missão da esquerda poderá estar mais facilitada precisamente pelo facto do PSD e do CDS terem um posicionamento de exclusão do Chega, partido sem o qual o PSD não tem a maioria absoluta, se atendermos aos dados conhecidos, de sondagens e de posições.

Com o PSD sem descolar do PS e com a "falência" política da Direita, fica difícil, a Montenegro, prescindir do Chega, isso só aconteceria se o líder social democrata mostrasse uma outra popularidade ou se esta Aliança com o CDS fosse, realmente, uma mais valia suficientemente forte para deixar o partido de André Ventura fora da equação. Como não é o caso, o CDS também anda à procura do seu "norte", dificilmente teremos, com os dados de hoje, uma Direita de maioria absoluta sem o Chega. Ainda por cima, tendo em conta esta falta de referências, o Chega até pode aumentar a votação, o que iria "encurralar" o PSD e deixar o caminho aberto ao PS, que em vez de sofrer o desgaste de governação e dos erros, muitos, cometidos, ainda está em condições de discutir a vitória a 10 de março, agora com a liderança de Pedro Nuno Santos, diz-se, mais à esquerda, sabendo-se que esta distinção ideológica de Direita e Esquerda nem sempre se faz sentir. Ou quase nunca se sente.

Tendo em conta as ocorrências do passado com as maiorias absolutas, que a pretexto de uma suposta estabilidade resultaram numa configuração de poder governamental absoluto, os eleitores, muitos jovens, fora do carreirismo partidário, estão a distribuir os votos num protesto ou em soluções que de alguma forma incomodam os governos através de oposições diferenciadas que fogem às conferências de imprensa, às visitas a instituições ou a modelos tradicionais já gastos que ninguém tem tempo e vontade de ver e ouvir. Com tanta equipa de comunicação, alguma bem paga, não se percebe esta falta de criatividade no modo de comunicar com o eleitorado. E a resposta está à vista, basta fazer um pouco diferente, como por exemplo acontece com o JPP, que garante desde logo o prémio de subida no número de votos.

Mas para a Madeira, estas eleições assumem também um carater importante no sentido de saber até que ponto se confirma, ainda que estejamos perante eleições diferentes, a tendência de descida de votos no PSD nos últimos atos eleitorais.

Miguel Albuquerque decidiu fazer uma "limpeza" geral nos deputados à Assembleia da República. E nessa "limpeza", levou o único que se enquadrava na sua estratégia de renovação, Dinis Ramos, mas claramente "vetado" nas escolhas do líder social democrata. Como acontece em política, grandes deputados mas "despedidos". Uma escolha que, obviamente, não foi de renovação, caso contrário não ia "recrutar" um elemento que já esteve e saiu com pouca glória, no caso Paulo Neves.

Como escreveu a deputada Sara Madruga da Costa, no Facebook, e num escrito para os "amigos", "desejo que a mágoa da injustiça impulsione a continuar a fazer o bem. As atitudes ficam para quem as pratica". Se não foi diretamente para Albuquerque, andou lá perto.

Tirando Pedro Coelho, com larga experiência política e que dá votos ao PSD, o resto da lista vamos ver, como aliás disse Albuquerque reagindo a declarações de Paulo Cafôfo sobre a lista ser fraca. Mas Miguel Albuquerque e Rui Barreto têm um problema maior para enfrentar, além de Cafôfo. Esse problema chama-se Filipe Sousa, um candidato forte da lista do JPP, partido que se previa poder eleger um deputado até mesmo antes de se saber que era Filioe Sousa o cabeça-de-lista. Agora, a probabilidade é ainda maior, resta saber à custa de quem num quadro atual de 3 para o PSD/CDS e 3 para o PS.

Como se vê, está muito em jogo para 2024.






















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