Madeira já resolveu a contagem do tempo de serviço e por isso os professores para "Um País, dois sistemas".
Os professores estão em "guerra aberta" com o governo de António Costa e disso têm dado conta em diversas manifestações que surpreendem pela dimensão como não há memória. A questão central é a contagem integral do tempo de serviço, que a Madeira já resolveu e o continente não vai resolver relativamente a todo o período.
Essa diferença tem estado na ordem do dia das reivindicações, sendo que a Madeira, neste particular, tem o modelo que serve aos professores do País. De tal modo que esta terça-feira, em Coimbra, uma manifestante empunhou um cartaz onde dá conta de referência a 1 País, 2 sistemas, com fotos do primeiro-ministro António Costa e do presidente do Governo Regional Miguel Albuquerque.
Recorde-se que recentemente, à saída da reunião com o Ministério da Educação, o Secretário-Geral da FENPROF confirmou que não existem condições para qualquer acordo e que há razões para a luta dos professores se manter forte.
"As propostas do ME para a revisão do regime de concursos são inaceitáveis e o Ministro continua a recusar negociar outras questões como a recuperação do tempo de serviço, o regime específico de aposentação, a regularização dos horários de trabalho, a mobilidade por doença, entre outras reivindicações essenciais para a valorização da profissão docente", refere a página do Facebook da FENPROF.
Nesta terça-feira, dia da greve no distrito de Coimbra, cerca de 5 mil professores e educadores concentraram-se na Praça 8 de Maio. O Secretário-geral da FENPROF declarou que, com 95% de adesão em todo o distrito, esta é a maior greve de professores e educadores de que tem memória.
Na sua intervenção, Mário Nogueira também esclareceu os professores e educadores presentes sobre as propostas apresentadas pelo ME, as suas implicações e a importância de prosseguir com a luta, pelo menos, até à Manifestação Nacional de 11 de fevereiro.