Albuquerque "mostra tudo": Política, Pesca, Mergulho e Natal...
- Henrique Correia

- há 2 horas
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Os novos tempos aconselham a novos procedimentos. Como diz o próprio, falando da pescaria, "a recompensa vem sempre no fim com uma Cavala da Índia". Como na Política? Só que a "recompensa" é outra?




Não é nova esta estratégia de Miguel Albuquerque desenvolver um processo de aproximação ao povo, de reduzir o distanciamento de que era acusado, e de mudar de certo modo aquele ar "aristocrático" que o colocava num patamar que popularmente era apontado de "sangue azul". No continente, o equiparado à elite da linha, a de Cascais, onde aliás Albuquerque tem proximidade, de amizades e de eventos. Nada de mal.
Desde há algum tempo, no meio de processos judiciais onde nem sequer foi ouvido mas onde é arguido, o presidente do Governo apresenta registos que procuram dar informações sobre o seu outro lado, o de fora, da esfera da Quinta Vigia, além da satisfação por um Orçamento de Estado que por ser do PSD/CDS até parece dar o que não dá, e além das palavras de agrado por uma plataforma da mobilidade, com meses de atraso e com o principal problema por resolver, o do adiantamento da verba total, tantas vezes elevada, do custo das passagens. E ainda o ferry, que tal como nos anteriores Orçamentos de Estado, continua a não estar, só estudar. A diferença é que, agora, a Madeira está contente com este descontentamento orçamental.
Mas voltando à estratégia, foi esse o tema do escrito, Albuquerque passou a utilizar como nunca as redes ditas sociais, que tanto criticava e fazia gala de uma animosidade com o que dizia ser "fake news", tomando a parte pelo todo numa tentativa de "embrulhar as notícias que o incomodavam, por serem verdadeiras, com as outras que o espaço livre digital está sujeito, essas sim de manipulação. Tudo no mesmo saco, descredibiliza a verdade.
Mas este foi "chão que deu uvas" e Miguel Albuquerque tomou uma posição: não podes com eles, junta-te a eles. E foi assim que o Governo, em peso, tem uma forte presença digital, mas o presidente tem mais do que isso, tem o oficial, e o seu lado mais pessoal, que ajuda a perceber o que faz aos sábados, domingos e feriados, na gastronomia, na pescaria, nos mergulhos que fazem recordar a sua veia de nadador, de tudo um pouco para mostrar, aos madeirenses, que Albuquerque tem vida para além da Política, e mostra o que antes não o fazia. Os novos tempos aconselham a novos procedimentos e ações.
Pois bem, o "chef" Miguel Albuquerque fez um Frango Wellington, inspirado no bife, diz que é "uma versão mais económica e igualmente saborosa e suculenta".
Mas Albuquerque também faz do mar um espaço de lazer, mostra as temperaturas da Madeira que contrastam com o frio que vai pelo continente e pelo resto da Europa. Escreve que foi "um mergulho inesquecível no último dia de novembro, envolto pelo mar cristalino e pela luz suave que só a nossa Madeira sabe oferecer. Um dia perfeito para celebrar a beleza do oceano e a magia desta ilha que nunca deixa de surpreender".
Continuou no mar com uma pescaria, lançou a cana e apanhou o peixe: "Um final de tarde muito bem passado na travessa. E a recompensa vem sempre no fim com uma Cavala da Índia".
E tem sido assim Albuquerque. Lança a cana com "recompensa". Dentro e fora da Política.
Terminou o dia com as luzes de Natal, que vão continuar a acender a 1 de dezembro no futuro. Não é como Maduro, que quer fazer Natal em setembro. Maduro, o presidente daquele país de turbulência, mas onde a comunidade madeirense "está tranquila mas na expectativa do que pode acontecer", dizem responsáveis regionais. Que tranquilidade...





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