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  • Foto do escritorHenrique Correia

Albuquerque nunca conseguiu impor o "seu" presidente da Assembleia



Lista do PSD Madeira com quatro totalistas: Miguel Albuquerque, Jaime Filipe Ramos, José Prada, Clara Tiago e Rubina Leal.



A divulgação da lista de candidatos do PSD Madeira à Assembleia Regional trouxe como principal novidade a chamada de João Cunha e Silva, o vice presidente dos últimos governos de Alberto João Jardim, que à sua conta deixou obra feita, mas também alguma obra mal feita e cuja responsabilidade vem "carregando" desde que saiu do Governo e "andou por aí", no PSD, sempre condicionado a cargos mais visíveis por esse passado político. O lado mau da governação pesa sempre mais e demora a passar. Até agora que é o número dois da lista ao Parlamento Madeirense, com a possibilidase muito grande de ser candidato à presidência da Assembleia se for esse o entendimento dos deputados de acordo com a representatividade das eleições antecipadas de 26 de maio.

A lista tem nove novos nomes mas no geral não muda muito. Da oposição interna, nada, o que reflete a intenção de Manuel António de não integrar a lista concorrente e uma confirmação de falta de representatividade partidária tendo em conta as internas recentes que inquestionavelmente deixaram o partido dividido. A lista expressa a vontade e confiança do vencedor, o que em política é normal. Mas fica a face visível da divisão.

Um dado curioso prende-se com is totalistas, ou seja os que desde 2015 são escolhas de Albuquerque, obviamente ele próprio um totalista. Os outros desde a primeira hora são Jaime Filipe, José Prada, Clara Tiago e Rubina Leal.

No que toca a saídas, temos as de Guido Gonçalves, Adolfo Brazão, Ana Sousa, Carlos Rodrigues, Jéssica Faria, José Luís Nunes, Higino Teles, Conceição Pereira e Pedro Coelho.

É mais do que provável que Cunha e Silva venha a ser, caso a maioria parlamentar o permita, o próximo presidente da Assembleia, o que a acontecer seria a primeira vez que Miguel Albuquerque conseguia impor o "seu" candidato.

De facto, em 2015, apostou em Adolfo Brazão mas a representação parlamentar conseguiu deixar a sua marca elegendo Tranquada Gomes. Curiosamente, em 2019 a aposta em Tranquada foi preterida em função das negociações com o CDS, que conduziram José Manuel Rodrigues à liderança do Parlamento, liderança que renovou em 2023 apesar de Albuquerque ter o trunfo na mão chamado José Luís Nunes. Agora, veremos o que acontece com Cunha e Silva, se o número de votos do PSD consegue levar antigo vice de Jardim à presidência do principal órgão da Autonomia, onde já foi vice.


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