"Certas forças políticas sofrem de um problema já identificado pelos gregos há 2 mil anos, o problema de húbris, que pode ser traduzido como um desfasamento da realidade".
Parece uma "disfuncionalidade" negocial, mas Miguel Albuquerque certamente não vê assim Segunda-feira,, 24 de junho, o Governo Regional, segundo órgãoda Autonomia chamou à sua casa os representantes do primcipal órgão autonómico, a Assembleia, precisamente para negociar a viabilidade do Programa de Governo, sendo que como se sabe o PSD fez um acordo com o CDS mas os 21 deputado, em conjunto, não chegam para a maioria absoluta e foi por isso que o Executivo decidiu retirar a proposta para voltar a apresentar depois de um período de negociações.
E o que faz Albuquerque a três dias da primeira ronda negocial? Vai à Calheta, ao Dia do Concelho, dizer que "certas forças políticas sofrem de um problema já identificado pelos gregos há 2 mil anos, o problema de húbris, que pode ser traduzido como "tudo que passa da medida; descomedimento" e que atualmente alude a uma confiança excessiva, um orgulho exagerado, presunção, arrogancia ou insolência". Uma "disfuncionalidade" que segundo Albuquerque "impede plataformas de diálogo e aquilo que é a lógica e a matemática deixa de ser a lógica e a matemática, ou seja quem perde as eleições quer governar".
Um mote, sem dúvida, para a reunião de Segunda-feira, uma estratégia duvidosa para quem precisa de votos.
Mas Albuquerque fez mais, criticou os partidos perdedores de quererem governar, falou nos "fanáticos", nos "invejosos" que são eternos "sofredores", uma ofensiva que atendendo à conjuntura pode ser considerado audácia política.
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