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Bispo "arregaçou as mangas" e foi ver o Rali

  • Foto do escritor: Henrique Correia
    Henrique Correia
  • 7 de ago. de 2024
  • 2 min de leitura


Confesso que fiquei mais incomodado e preocupado quando D. Nuno Brás disse que estava cansado de eleições.



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Não se vê todos os dias. Nem todos os anos. Talvez nunca se viu. Mas nada que me tire o sono a presença do Bispo do Funchal na partida do Rali Vinho Madeira. Confesso que fiquei mais incomodado e preocupado quando D. Nuno Brás disse que estava cansado de eleições para dar uma ajudinha ao poder político que deitou a mão a (quase) todos os expedientes para sensibilizar a aprovação do Orçamento. E fiquei incomodado por duas razões, uma porque não convém, à Diocese, ter um Bispo cansado do exercício da Democracia, outra porque um "Fraco" (de fraquesa física ou espiritual) Bispo torna "fracos" os fortes fiéis. E isso não é bom, espero que aquela declaração conjuntural não seja a atitude estrutural da Igreja enquanto cúmplice seja de que poder for. A cumplicidade do "Pastor" deve ser com "Rebanho".

Agora, a presença na partida do Rali Vinho Madeira, numa missão de "meia manga" ou "manga curta", porque o calor também afeta os agentes da FÉ, pode causar alguma estranheza por não ser hábito e por vermos a presença do Bispo, sempre, como um exercício de evangelização, como de resto é habitual ver nas homilias deste chefe da Igreja Madeirense, mas a mim, particularmente, ficando surpreendido, não atingiu, no entanto, o incomodado. O Bispo desceu do Paço à Cidade para dar um Passo terreno, pode dizer-se que desceu à terra e posicionou-se, por mera conveniência institucional, ao lado do presidente do Governo. Uma bênção para Miguel Albuquerque, que por sinal tem tido um ano "abençoado", na resistência, nas eleições, internas e externas, nos acordos conjunturais com partidos que pela sua natureza de "nascimentos prematuros", ainda andam "aos papéis" enquanto Albuquerque tem o "doutoramento" da negociação e da benesse.

Mas relativamente ao Bispo sobre "rodas", achei brilhante o artigo do Dr. Nelson Veríssimo no Funchal Notícias. O historiador, além de conhecimentos históricos inquestionáveis, tem boa "pena" e espírito crítico, e levantou uma reflexão importante sobre a missão da Igreja e do Bispo, seja ele qual for, no seu trajeto de atenção à essência do objetivo subjacente à existência da própria Igreja. Sem dúvida, vale a pena ler e é sempre bom, aos crentes e não crentes, confrontarem as opiniões mesmo que porventura possam não concordar com elas.

O Bispo é livre, num Estado Democrático, de dizer o que quer que seja e de ir onde quiser, sujeitando-se enquanto figura pública a posições públicas, umas favoráveis, outras desfavoráveis, relativamente a atitudes e opiniões por si aassumidas. Pode ir ao Rali, estar na partida, apesar de ser uma decisão discutível. Mas expõe-se. E sabe isso melhor do que ninguém.

Faz tudo parte da Democracia. Não podemos é ter um cansaço "selecionado" Dela (Democracia).



 
 
 

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