Henrique Correia
Caução de 6 milhões a Manuel Pinho é a maior de sempre em Portugal
Ex-ministro fica em prisão domiciliária até pagar esse valor milionário ou dar garantias desse valor.

É uma caução de napalm e de muito duvidosa legalidade, disse o advogado Manuel Magalhães e Silva, em declarações à CNN, sobre a caução hoje definida pelo juiz Carlos Alexandre, de 6 milhões de euros, para permitir a liberdade ao antigo ministro Manuel Pinho, que ficará em prisão domiciliária até pagar ou dar garantias desse valor. A mulher de Pinho tem uma caução de 1 milhão. A caução de 6 milhões é a mais elevada de sempre aplicada em Portugal.
O ex-ministro é suspeito de favorecimento de negócios da EDP e de ter recebido verbas indevidas quando ainda era ministro.
Há suspeitas que o casal, a residir em Espanha, estaria a desfazer-se do património, sendo que alguns analistas explicam como sendo essa a razão da elevada caução. O advogado de Manuel Pinho, Ricardo Sá Fernandes, nega essa argumentação, diz que o seu cliente tem património em Portugal, não vendeu nada nos últimos cinco anos e está a pensar residir em Portugal numa casa que está em obras.
Pinho não tem possibilidade de pagar os 6 milhões e por isso vai ficar em prisão domiciliária numa casa de familiares, no norte do País.