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  • Foto do escritorHenrique Correia

CHEGA prepara "terreno" para se abster: afinal Albuquerque pode ficar



Miguel Castro quer "o reconhecimento público de, em caso de acusação definitiva pelo Ministério Público, a renúncia imediata de Miguel Albuquerque a todos os cargos executivos”. No fundo, o óbvio de uma situação limite. Será que Albuquerque vai fazer declaração nesse sentido? Esta é a dúvida.



Foto Expresso/Lusa -Homem de Gouveia


Um comunicado do Chega divulgado na véspera do debate e votação do Programa de Governo, hoje na Assembleia Regional, veio como que "preparar terreno" para o partido de André Ventura deixar passar o Orçamento. Continua a exigir a saída de Miguel Albuquerque, mas agora, ao contrário da meia dúzia de vezes que falou em condições, essa exigência é para se se confirmarem o que hoje são indícios, ou seja culpa formal, relativamente às atuais suspeitas que pendem sobre o presidente do Governo e que o colocam na condição de arguido. Nessa altura, o CHEGA quer a saída de Albuquerque, uma especificidade que o CHEGA já poderia ter adiantado mais cedo, poupava-se tempo, até porque nesse caso argumentava com o princípio da presunção de inocência.

Acontece que se chegar a essa altura, significa que o presidente do Governo já foi ouvido e para isso precisou levantar a imunidade. E, depois, era o que faltava se fosse necessário a exigência do CHEGA para fazer Albuquerque sair com culpa formal.

Segundo informação publicada no Diário, Miguel Castro aponta as condições para viabilizar o Governo, além desta "novidade" que deixa Albuquerque mais "descansado". Exige "um Gabinete autónomo de prevenção e combate à corrupção; realização de uma auditoria externa das contas regionais nos últimos cinco anos, tornado público o seu resultado; criação de uma comissão parlamentar de inquérito regional, sob a coordenação do Chega-Madeira, aos apoios concedidos, nos últimos anos, pelo Governo Regional, a empresas e grupos empresariais da região e o reconhecimento público de, em caso de acusação definitiva pelo Ministério Público, a renúncia imediata de Miguel Albuquerque a todos os cargos executivos”.

No fundo, o óbvio de uma situação limite. Será que Albuquerque vai fazer declaração nesse sentido? Esta é a dúvida.


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