Comandante critica República e polícias "doentes em agosto"
- Henrique Correia
- há 4 horas
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Miguel Albuquerque elogia o comandante por "pegar os bois pelos cornos" em vez do politicamente correto e defende um contrato interadministrativo para a construção de novas esquadras.

Miguel Albuquerque foi às comemorações oficiais do 147º aniversário do Comando Regional da PSP Madeira, a data que marca a criação do primeiro Comissariado de Polícia do Funchal e a sua consequente evolução até aos dias de hoje, relevar o papel da PSP, garantir a continuidade de cooperação com o Governo e elogiar o comandante Regional daquela polícia que em vez do politicamente correto veio "pegar o boi pelos cornos" e falar dos problemas reais. O elogio teve muito a ver com a direção das críticas do superintendente Ricardo Matos, mais para o Governo da República, cujo representante, no caso o secretário de Estado da Administração Interna, estava presente.
Para se perceber, o comandante do Comando Regional criticou o atraso de construção de novas esquadras, Ponta do Sol e Santa Cruz. Não criticou apenas, também ironizou para reforçar as obras que nem "a passo de caracol" vão, estão mesmo a zero. A ironia foi no sentido que muitos profissionais da polícia vão reformar-se sem ver as novas instalações.
Ricardo Matos estava para desancar a sério. E tudo apanhou um bocadinho pela "medida grande". As obras do Governo central, tarde e mal, mas também os polícias que, de tanta propaganda, até pensam que representam a profissão mais mal paga, o que não é, diz o comandante.
E até apanharam os polícias que adoecem no mês de Agosto: "os que omprometem a operacionalidade do serviço ou “aqueles que adoecem sempre em agosto”.
Quanto a Miguel Albuquerque, propôs um contrato interadministrativo para a construção de novas esquadras na Região. E lamentou, perante Paulo Simões Ribeiro, os sucessivos atrasos na construção das novas esquadras, garantindo que a situação seria rapidamente resolvida se a construção passasse para a alçada do Executivo madeirense, mantendo-se Lisboa a financiar as obras. Aliás, Miguel Albuquerque garantiu mesmo que em quatro anos todas as novas obras estarão prontas, se esses contratos forem assinados.
O governante defendeu ainda uma mais rápida transferência dos agentes madeirenses que estão no continente para a Região, a par do subsídio de insularidade para o efetivo da Madeira e do Porto Santo, a suportar por Lisboa. E elogiou profusamente a polícia madeirense e o seu sentido de honra e de missão.
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