Deputada questiona sobre "tanto cancro na Madeira"
- Henrique Correia
- há 1 dia
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"Incidência de tumores infantis na Madeira é superior à taxa portuguesa e à taxa europeia, não havendo números que sustentem a predisposição genética".

Sílvia Silva lembra declarações do médico Rogério Correia: incidência de cancro no Porto Santo era 4 vezes superior à da Madeira.
A deputada socialista Sílvia Silva veio a público, na Assembleia Regional, dar expressão a um quadro de prevalência de cancro, na Madeira, que pelos indicadores ali descritos, não pode deixar de preocupar e de merecer uma atenção muito particular por parte das entidades ligadas à Saúde. O que está plasmado nessa exposição apela a uma intervenção alargada no sentido de um bem comum: avaliar razões, prevenir, agir.
A deputada revela que, neste particular, "o Governo não sabe nem estuda e o PSD hoje fugiu à questão". Acrescenta que "não existem estudos epidemiológicos que justifiquem tão elevada prevalência de cancro na Madeira e sem esses dados torna-se difícil atuar eficazmente na prevenção".
E os dados, expressivos, a terem esta dimensão, preocupam naturalmente:
- Em 2020, a Madeira teve a maior percentagem de novos casos de cancro do País;
- Em 2023, na Região, o cancro foi a principal causa de morte na faixa etária entre os 30 e os 74 anos, ultrapassando as mortes por doenças cardiorrespiratórias;
- Na Madeira, o cancro da próstata é o tipo de cancro mais comum nos homens, com uma taxa de incidência superior à média nacional;
- O cancro do pâncreas destaca-se entre as mulheres madeirenses, correspondendo ao triplo da incidência nacional:
- A incidência de tumores infantis na Madeira é superior à taxa portuguesa e à taxa europeia, não havendo números que sustentem a predisposição genética para a doença;
- Quando abandonou o cargo de delegado de saúde, o Dr. Rogério Correia disse que a incidência de cancro no Porto Santo era 4 vezes superior à da Madeira, situação comprovada com o número de mortes por cancro naquela ilha.
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