Ao contrário da PSP que vê devolvido 30% do produto das multas em viaturas e outro material por protocolo existente com o Governo.
A operação recente de fiscalização levada a efeito pela GNR à chegada do Lobo Marinho ao porto do Porto Santo continua a suscitar diferentes reações. Em causa, o tempo de espera resultante do reduzido número de efetivos alocados a essa operação, a que se junta o elevado número de passageiros que o navio normalmente transporta nesta época do ano e que deveria ter sido acautelado pela força policial para minimizar os efeitos do que é necessário: fiscalizar.
Falou-se em falta de planificação, de excesso de zelo, de intencionalidade na mensagem de supremacia relativamente à outra força policial, a PSP, de propósito para afetar o destino turístico e arrecadar receita de multas.
Passageiros em férias, comerciantes com pressa para o negócio, fiscalização era a última coisa que queriam, com naturais transtornos que uma operação do género devia ter.
Independentemente da avaliação feita no que se prende com excessos ou deficiente preparação tendo em vista a dimensão do objetivo, matéria que deverá ser alvo de avaliação por parte da GNR, a verdade é que é importante desmistificar a questão das receitas de multas passadas pelas polícias, cujo produto apurado vai para os cofres do Governo Regional, são verbas que ficam na Região apesar da tutela das estruturas policiais pertencer ao Ministério da Administração Interna.
Além disso, ao contrário das multas da Polícia de Segurança Pública, que são devolvidas à PSP, em 30% e em material incluindo viaturas, por protocolo entre o Governo Regional e aquela força policial, relativamente à GNR isso não acontece, uma vez que não existe qualquer protocolo nesse sentido. Portanto, as verbas das multas daquela polícia vão na totalidade para o Governo, sem retorno.
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