Especulação imobiliária já chegou à Fajã da Ovelha

O alerta é do presidente da Junta de Freguesia local, do CDS, que termina ciclo por limite de mandatos, mas sai com alerta para a necessidade de defender os jovens na habitação.

Gabriel Neto, do CDS, termina o ciclo de doze anos à frente da Junta de Freguesia da Fajã da Ovelha, freguesia que este sábado completou 472 anos, um marco assinalado com uma sessão solene onde o líder daquele órgão autárquico aproveitou para apontar o trabalho feito, positivo, mas também as carências, direcionando esse pedido ao Governo, ali representado pelo secretário regional da Agricultura.

Mas o que disse Neto sobre a habitação ficará certamente para memória, presente e futura, direto a um assunto transversal a vários pontos da Região, que tanto vai às grandes centralisades, como já chegou aos sítios mais recônditos.

Gabriel Neto regozija-se com a chegada do investimento privado à Freguesia, mas com ele trouxe uma espécie de "toque de alerta" para o que diz ser a chegada da especulação:

"O nvestimento privado também está a chegar à Fajã da Ovelha mas com isto temos vindo a assistir a uma especulação imobiliária que irá criar problemas aos residentes e jovens casais que queiram construir casa, era importante que se crie medidas de apoio a quem quer recuperar uma casa ou construir sobretudo a recuperação das nossas casas típicas".

O presidente da Junta lembra que "a Calheta é constituída por 8 freguesias e todas elas importantes, e cada uma com as suas especificidades, mas para mim a Fajã da Ovelha foi, é, e será sempre a melhor. Queremos um Governo e uma Câmara a trabalhar para acabar com as assimetrias entre Freguesias", pede.

O presidente louva "algumas medidas de proximidade que este governo fez, como a pavimentação da ER. 222 e o apoio na recuperação da Igreja de S. João e de S. António", mas recorda a importância numa reivindicação antiga, a conclusão da recuperação da ER 223 Fajã da Ovelha Paul do Mar".

Com o crescimento do número de moradias, "está a surgir o problema da escassez de água. A captação de água potável, armazenamento e a recuperação da rede em alguns sítios da freguesia para diminuir perdas para que não falte água deve ser considerada a primeira prioridade do município e do Governo.

Criar pequenas centralidades em todos os sítios como espaço de encontro e convívio para a população. Consideramos, também, importante a recuperação do património, por exemplo: Os lavadouros da Maloeira e S. Lourenço e S. João.

Criar melhores condições de acesso ao miradouro da Raposeira, pela estrada e pela vereda e também criar estacionamento com dinheiro da taxa turística que o município tem vindo a arrecadar".