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Foto do escritorHenrique Correia

Filha de Luís Miguel Sousa com a missão de "acordar" o Penedo do Sono

Atualizado: 27 de fev. de 2023


Empresa constituída há quatro meses, com um capital social de 1.500 euros, foi a única concorrente à concessão e além de Rebecca Mankinen Sousa tem como sócio gerente João Henriques Sousa Marques






A Sociedade de Desenvolvimento do Porto Santo estabeleceu, como já aqui demos conta, um contrato público para a concessão da zona do Penedo do Sono, no Porto Santo, abandonada há anos desde que o vice presidente do tempo de Jardim, Cunha e Silva, pretendeu construir uma zona semelhante às Docas em Lisboa retirando a vida noturna do centro da ilha dourada. Durou pouco e ficou para ali sem destino a cair aos bocados e a dar uma imagem de degradação que não é compaginável com o melhor destino turístico insular da Europa.

Agora, a Sociedade de Desenvolvimento encontrou uma solução e deu para concessão, por 15 anos, ao único candidato que se chegou à frente, uma empresa criada em outubro de 2022, com um capital social de 1500 euros, que quatro meses depois vai ser responsável por "acordar" o Penedo do (longo) Sono. A empresa, Jem&co. Lda, com sede no Porto Santo, na Rua Goulart Medeiros S/n, tem como sócios gerentes João Henrique Sousa Marques e Rebecca Maria Mankinen Sousa, respetivamente sobrinho e filha do empresário Luís Miguel Sousa, gerentes que constituíram a empresa a 19 de Outubro de 2022 com um terceiro gerente Francisco Emanuel Freitas Abreu, filho do atual diretor regional das Comunidades Madeirenses Rui Abreu. Francisco Abreu saiu da empresa em fevereiro de 2023.

O contrato público para o Penedo do Sono implica um objeto que os gerentes já desenvolvem no âmbito do alojamento turístico em co-working. Rebbecca Sousa tem publicitado, em plataformas especializadas, ofertas de alojamento para as antigas casas do Governo, concessionadas ao grupo Sousa, com quartos cujo preço varia entre os 650 e os 1350 euros, mínimo uma semana.

Para o Penedo do Sono, a nova empresa responsabiliza-se pelas obras destinadas a instalar uma unidade de alojamento partilhado em co-working. O projeto dessas mesmas obras deverão dar entrada na Sociedade de Desenvolvimento do Porto Santo até quatro meses depois da publicação do contrato, o que aconteceu a 23 de fevereiro. O valor da concessão é de 301.200 euros, sendo que nos primeiros três anos, a empresa paga 100 euros de renda por mês, mais IVA, entre o 4.º e o 10.º anos a renda passa para 1000 euros mensais. No restante período dos 15 anos de contrato, o valor passa para 3.560 euros mais IVA.



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