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  • Foto do escritorHenrique Correia

José Manuel Rodrigues manda "recado" a Albuquerque por causa do Chega

A má fama da política é culpa sobretudo dos políticos

José Manuel Rodrigues, o atual presidente do Parlamento Regional por via das negociações de governação regional e o "homem forte" do CDS Madeira, veio estes dias a público deixar mensagens importantes do ponto de vista do quadro político e num enquadramento em que o líder do PSD Madeira, Miguel Albuquerque secundou Rui Rio admitindo como possível uma aproximação ao Chega, um partido que chegou agora ao cenário político partidário em Portugal, mas que tem dado nas vistas pelas sondagens, fruto do discurso contra o politicamente correto, que em situações de crise "pega" mais junto do eleitorado. José Manuel Rodrigues disse, em entrevista ao Diário, que a alternativa à esquerda não pode ser a qualquer custo, referindo-se à abertura de Albuquerque ao Chega. O parceiro de coligação governativa regional, através do presidente da Assembleia, vem dizer que o líder social democrata regional "pisou a linha". Acho que muito PSD pensou o mesmo, independentemente do valor que cada um possa dar ao CDS e de poder achar que, futuramente, não se sabe se o Chega até pode valer mais votos do que o próprio CDS. E até possam pensar que o CDS pode ter tido, em alguns momentos, atitudes dessas eventualmente interpretadas como "a qualquer custo". Mas seja como for, é verdade, o poder a qualquer custo nunca é bom princípio. Só se puser a identidade de fora. Neste caso, a partidária, uma vez que a ideológica já foi à vida há muito tempo, em todos os partidos.

Mas não ficou por aqui a intervenção de José Manuel Rodrigues, que parece ter regressado do Porto Santo com energias renovadas. Deu outra entrevista, à Ecclesia, onde também tem declarações fortes, diferentes dos "recados" a Albuquerque, mas também com "recados" para os políticos. Considerou que "a má fama da política é culpa sobretudo dos políticos, porque se afastam dos direitos de quem os elegeu. Quando se vem para determinados cargos, na política, há uma cultura de indiferença perante o que se passa à nossa volta".

Não é que o CDS e José Manuel Rodrigues estejam em posição de fazer grandes dissertações sobre atitude dos políticos e da política, sobretudo depois das negociações que levaram a um rodopio que ainda hoje se sente relativamente aos cargos e aos interesses que antecederam a precoupação por governar. Mas pondo isso de lado, sem passar a "esponja", deve dizer-se que, em determinados momentos, José Manuel Rodrigues está a demonstrar que a comunicação é importante quando bem feita, o que constitui uma recomendação ao governo tantas vezes anda aos "papéis" a esse nível. Ou não fosse José Manuel Rodrigues um homem da comunicação. Sabe o que faz e como faz

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