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  • Foto do escritorHenrique Correia

Marcelo "aperta" DGS entre Fátima que já foi e o Avante que vem aí

Os ajuntamentos que se registaram em Fátima e os que vêm aí para a festa do Avante deixam DGS à "rasca". Enquanto pedem ao povo para cumprir "à risca".

O Presidente da República decidiu "apertar" com o Governo e com a Direção-Geral da Saúde no sentido de serem definidas, rapidamente, as regras para a Festa do Avante, que vai decorrer no início de setembro, na Quinta da Atalaia. "Apertou" e fez bem, são tantas as indecisões quanto as incoerências e o Chefe de Estado, dando corpo às interrogações do povo, vem dizer que essas regras devem ser rápidas e claras. Como deve ser o Presidente. Mas tem razão. É o que eu penso, o que para o caso não conta nada, o que se pretende mesmo é ver o que será decidido, embora não tenha ilusões.

O Governo responde e dIz que não pode proibir a iniciativa do PCP, a lei não permite. E depois há isto, toda a gente fala em decisões e obrigações, que a Saude Pública está acima de tudo, mas esbarra-se, quase sempre, com a lei e nada feito. E é "navegação à vista" até dizer chega.

Mas enquanto estamos neste dilema se a Festa do Avante tem 100 mil ou 80 mil, 75 mil ou 72 mil, mesmo que para o caso de ajuntamentos tenha efeito zero, surgem imagens das cerimónias de Fátima e é o que se vê, muita gente devota e num momento importante de culto, que certamente cumpriu todas as recomendações menos a distância. Respeito muito a devoção das pessoas, respeito muito o que Fátima representa enquanto local de fé, cada um tem a sua e à sua maneira, mas aqui não se trata de diferenciar iniciativas para ver qual delas é mais divina do que a outra, aqui é mesmo para analisar acontecimentos que envolvem grandes ajuntamentos, mesmo que de âmbitos diferentes.

Acho que a DGS está com um problema grande, sem saber muito bem o que fazer com tantas pressões. A força de Fátima e a força do Avante constituem uma dificuldade acrescida e a dada altura baralha os responsáveis. É como nos ralis, recomenda-se para não haver ajuntamentos, há ajuntamentos como não podia deixar de haver, ninguém cumpre e depois louva-se porque tudo correu bem. Correu até ver.

O Presidente Marcelo já viu este "barco" nas ondas agitadas e decidiu lançar este alerta para depois poder intervir. É que ele próprio está com margem curta, tem eleições à porta e não pode dar a idéia que está "dormindo na forma". Mas é preciso que estes alertas sejam traduzidos em medidas concretas para não pensarmos que há "filhos e enteados" até na pandemia.

Mas não há?



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