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Foto do escritorHenrique Correia

Mercado Quinhentista tem novo desafio: gerir as "dores de crescimento"


O Melhor Mercado Quinhentista de sempre, com milhares de visitantes, passou a um outro patamar de popularidade. Crescer e manter as raízes organizativas será o propósito para os próximos anos.










Quem acompanhou as primeiros edições do Mercado Quinhentista e conhecia as enchentes da semana gastronómica, este um polo de concentração de visitantes na primeira semana de agosto, não poderia imaginar o que viria a ser, neste ano de 2022, a afluência de pessoas nesta manifestação histórica com uma gastronomia madeirense devidamente enquadrada muma filosofia diferente de comercialização e quadros vivos que completam e dão robustez, na forma e no conteúdo, ao evento que já passou a cartaz regional de referência. Este 2022 aconteceu o Mercado Quinhentista com mais visitantes de sempre e nem é preciso ver números, o que se viu durante três dias, com filas de trânsito e todos os cantinhos de estacionamento ocupados, chega para aferir a multidão que acorreu a Machico.

A "sede" de eventos depois da pandemia que "prendeu" os madeirenses em casa, explica uma parte, mas a qualidade e o conteúdo da iniciativa, da Escola Secundária com a Câmara local, é fator determinante para este sucesso.

Agora, o grande desafio do Mercado Quinhentista será gerir a quilo a que podemos chamar de "dores de crescimento", que nem a organização nem as autoridades locais e regionais devem ter pensado nesta dimensão. A importância de manter e crescer no figurino do evento, controlando ímpetos que estes crescimentos sempre provocam em função da popularidade que pode levar a egos de vária ordem, coloca a organização cada vez mais à prova.

Neste contexto, o estacionamento que normalmente é caótico na gastronómica, durante uma semana, verificou-se neste fim de semana de Mercado Quinhentista e nos três dias. Este domingo tornou-se mesmo impossível estacionar sem umas voltas valentes às redondezas. E curiosamente, o estacionamento disponível no centro, em dias normais com pouca ocupação, neste momento em que era mais necessário estava todo destinado a quem "tem cartão", como explicou a polícia e a gestão do parque. Será porventura uma decisão a ponderar futuramente, com esta procura, uma vez que mesmo admitindo a necessidade de dar resposta a lugares disponíveis para a organização ou algumas entidades, a verdade é que o parque não pode fechar, na totalidade, o acesso aos visitantes quando dele mais precisam.

Será, também por isso, um desafio interessante de acompanhar, nas tais "dores de crescimento" do Mercado Quinhentista. Que em boa hora lançou, timidamente, esta "semente" que deu no que se vê, que é muito.









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