Miguel Gouveia acusa Calado de querer uma "lei marcial" na cidade
- Henrique Correia

- 26 de out. de 2022
- 2 min de leitura
"Descarta todas as suas responsabilidades num desesperado apelo à intervenção dos militares, qual lei marcial. Mas alguém acha isto normal?!"

Pedro Calado defende o patrulhamento do Funchal por parte do Exército ou da GNR no apoio à PSP com falta de meios. O presidente da Câmara responsabiliza o Estado por não dotar a Polícia de Segurança Pública do número suficiente de agentes para assegurar o policiamento da cidade em condições de garantir segurança aos cidadãos. Daí o recurso à tropa.
Mas como já vimos, só uma alteração constitucional permitiria a intervenção do Exército no lugar que é da PSP, a menos que houvesse uma situação de emergência. Quanto à GNR, só alterando a lei para permitir intervenção em contexto urbano. Sempre seriam mais 200 agentes disponíveis.
Mas quem reagiu a estas declarações de Pedro Calado foi o anterior presidente da Câmara Miguel Silva Gouveia, que acusa Calado de querer instalar, no Funchal, "uma lei marcial".
Miguel Gouveia escreve que "das últimas coisas que esperariamos ouvir do actual presidente da câmara, seria um seu pedido de intervenção do exército para resolver aquilo que até há bem pouco tempo considerava ser uma responsabilidade da Câmara Municipal.
Se há pouco mais de um ano Calado afirmava que "a cidade está parada, nunca esteve tão suja, tão abandonada, tão cheia de delinquentes, de drogados, a cidade do Funchal hoje é o que nunca foi" prometendo que "temos todas as condições para mostrar à população que queremos pôr a cidade do Funchal como ela era", hoje, perante a evidente falência das suas vãs promessas com uma cidade que vive intoxicada com a propaganda municipal mas sem qualquer trabalho visível, descarta todas as suas responsabilidades num desesperado apelo à intervenção dos militares, qual lei marcial.
Mas alguém acha isto normal?!"





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