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  • Foto do escritorHenrique Correia

Miguel Sousa quer Cunha e Silva a fechar carreira como presidente da Assembleia



"Não só está no topo da hierarquia do partido como tem prestígio e perfil para desempenhar o cargo com distinção".



O antigo vice presidente da Assembleia Regional e também vice presidente do Governo Regional, Miguel Sousa, veio a público defender que o próximo líder do Parlamento deveria ser Cunha e Silva, vice do Governo em executivos de Jardim e que também já foi vice da Assembleia.

Miguel Sousa, em artigo publicado no Diário, dá aquilo a que podemos chamar de "pontapé de saída" para um debate que não se antevê fácil para tirar a liderança do principal órgão da Autonomia a José Manuel Rodrigues, do CDS, que saiu da negociação acontecida em 2019 no âmbito do acordo de coligação governativa regional.

O atual presidente do órgão parlamentar tem feito, como nunca um presidente do PSD fez, um trabalho de visibilidade, pessoal e institucional, abrindo a Assembleia ao exterior e criando, ele próprio, as suas bases de apoio em diferentes áreas, sociais, culturais e até políticas. E não será fácil cumprir o que parece lógico tratando-se de dois partidos com tanta diferença de dimensão global de votos, sendo por isso natural que o maior partido lidere o órgão mais importante. Mas como fazer isso?

Miguel Sousa escreve que "Miguel Albuquerque e Rui Barreto lideram a candidatura. Na AD também era assim, sendo que o terceiro, logo depois de Sá Carneiro e Freitas do Amaral, era o eng. Gonçalo Ribeiro Teles líder do PPM. Daí para diante a coisa é mais complicada.

A cumprir voluntariamente a lei da paridade segue-se uma mulher em terceiro lugar na lista e, se não for esta, o próximo presidente da Assembleia Legislativa. Há vários candidatos entre ilustres social-democratas e, perdoem-me os muitos possíveis e merecedores, atrever-me a indicar o nome de João Cunha e Silva, actual presidente do congresso regional do PSD. Não só está no topo da hierarquia do partido como tem prestígio e perfil para desempenhar o cargo com distinção. Seria um natural e brilhante fechar de carreira política".

No seio social democrata madeirense, fala-se na grande dificuldade que Albuquerque vai sentir na elaboração das listas, o próprio já assumiu ser esse um grande desafio. E mesmo sabendo-se que a escolha do presidente da Assembleia é exclusiva dos deputados, há quem diga que esta antecipação de Albuquerque ao anunciar Rui Barreto, líder do CDS, como número dois da lista da coligação às próximas eleições regionais, pode ser um "presente envenenado" no propósito de deixar cair José Manuel Rodrigues ainda que colocando o atual presidente da Assembleia em lugar elegível. Seria do mal o menos.

Esta posição de Miguel Sousa, relativamente a ser alguém do PSD, corresponde ao pensamento de muitos militantes e dirigentes do PSD-M, mas falta saber até que ponto a forma diferenciadora como José Manuel Rodrigues está a dirigir a Assembleia pesará numa decisão. Já em relação a uma eventual escolha para Cunha e Silva, o caso muda de figura, uma vez que o antigo vice do Governo não teve nem tem uma base interna de apoio e não é consensual, o que para um candidato a presidente da Assembleia é um ponto contra.

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