"Achar que a Região pode ser governada com base num entendimento com este tipo de gente é um absurdo".

Não é um militante qualquer e nem se pode dizer que é desta ou daquela facção do PSD-M. Foi deputado recente na Assembleia Regional e vem mantendo uma participação cívica atenta relativamente à política em geral, mas muito particularmente a política no seu partido, o PSD.
Neste contexto e face a informações que dão conta da possibilidade do PSD estar a ponderar, com algumas diligências preliminares feitas, uma eventual coligação com o JPP, resultado de uma sondagem, não divulgada, onde o PSD não tem os indicadores que esperava, Carlos Rodrigues revelou, no Facebook, que se isso acontecer abandona o partido. Reage, também, a um artigo do antigo vice presidente do Governo, Miguel Sousa, que reforçou essa viabilidade apontando os méritos desse acordo, apesar daquilo que os dirigentes dos partidos dizem, uns dos outros.
O ex-deputado promove uma publicação onde salvaguarda achar normal que existam entendimentos entre partidos, mas menos normal, diz, "são entendimentos com grupelhos familiares que funcionam na base da mesquinhez, são incompetentes, não têm um desígnio, decidem em função do momento, são oportunistas, vingativos, chafurdam na desgraça e na delação não consubstanciada em fatos, prezam o anonimato cobarde.
Achar que a Região pode ser governada com base num entendimento com este tipo de gente é um absurdo, mas quem decide e lidera está no seu direito, da mesma maneira que também qualquer militante tem o direito de não concordar. Pessoalmente, é razão para sair do partido porque julgo que embarcar em soluções exdrúxulas como esta não é mais do que desbaratar todo um legado, uma ideologia, uma identidade. É procurar o poder pelo poder sem qualquer ética ou princípio.
Aliar-se com quem acrescenta e vale alguma coisa, sim, aliar-se com quaisquer coisas que apenas têm votos e vazio intelectual é o fim dos tempos".
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