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  • Foto do escritorHenrique Correia

Montenegro ganha apoios com o "cheiro" a poder mas falta-lhe carisma...




Ou há carisma ou não há. Mas houve primeiros-ministros sem carisma, pode acontecer o mesmo agora. O País já elegeu as melhores opções e já elegeu as opções menos más.





Luís Montenegro não é um líder carismático. Nunca foi, não é nem julgo que venha a ser. O que não significa que não ganhe eleições e não governe bem. Há outros atributos que ajudam a compensar aquela falta de empatia para ser alternativa. E há quem chegue ao poder por demérito adversário, o que pode ser o caso tantas as "argoladas" deste Governo do PS. O poder pode cair nas mãos de Montenegro, que da falta de quadros pode passar, repentinamente, ao excesso dos mesmos. O "cheiro" a poder faz destes "milagres".

Seja como for, esta realidade do País faz com que seja preciso mudar de protagonistas, mas não faz de Montenegro o primeiro-ministro com quem os portugueses se identifiquem. Ou há carisma ou não há. Mas houve primeiros-ministros sem carisma, pode acontecer o mesmo agora. O País já elegeu as melhores opções e já elegeu as opções menos más. Os momentos ditam as decisões e as oportunidades. E pode ser esta a oportunidade de Luís Montenegro, que já deve ter sentido a aproximação daqueles quadros dos partidos que só aparecem quando sentem o poder e os tachos no horizonte. É assim em todo o lado, em todos os partidos que têm lugares para oferecer, em todos os poderes. Quase tudo é uma questão de poder, o resto que se diga é para o politicamente correto.

Esta direção de Montenegro não tem mostrado chama, não tem rasgos, tem um líder assim, assim, um líder parlamentar no mesmo sentido e não apresenta uma onda de vitória como aquela que acontece quando os partidos governam. Mas atenção, quando nos lembramos que Fernando Nogueira chegou a lider, talvez o mais improvável presidente do PSD, então somos forçados a acreditar que Luís Montenegro, com a "onda" como está, a seu favor, e com uma boa equipa de imagem, como teve Nogueira, pode melhorar muito esta imagem de um cinzentismo político.

Mas atenção às probabilidades do novo quadro político. Sem aquela imagem mobilizadora, Montenegro pode ganhar as eleições mas sem maioria para governar, pode ficar nas mãos do CHEGA, com quem já disse não partilhar o poder, ou até de outras coligações. Mas essa realidade também pode resultar num cenário de maioria absoluta à esquerda, o regresso da "geringonça", que na falta de entendimento à direita (porque o Chega, não sendo opção de confiança, é forte se mantiver o atual número de deputados), pode encontrar solução de poder. Como já aconteceu.

Portanto, ou Montenegro trabalha para descolar do PS aproveitando este caos socialista, ou então vai andar a fazer contas se quiser governar.


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