Luís Montenegro: "Não vamos ter, no Governo (ou em apoio político), nem políticas nem políticos racistas, xenófobos, nem oportunistas nem populistas".
O líder nacional do PSD garantiu, na CNN Portugal, que um governo liderado pelo Partido Social Democrata "não vai fazer qualquer acordo eleitoral com o Chega, nem sequer um entendimento parlamentar que pudesse levar a um género de "geringonça de direita".
Luís Montenegro, numa entrevista a Maria João Avilez a emitir esta sexta-feira pelas 22 horas naquela estação televisiva, diz que "não vamos ter, no Governo (ou em apoio político), nem políticas nem políticos racistas, xenófobos, nem oportunistas nem populistas. E sobretudo, não quero, no meu governo, imaturidade e irresponsabilidade".
Esta linha vermelha imposta por Montenegro ao perfil ligado à liderança de André Ventura e do Chega, assim colocada de forma publicamente frontal, coloca uma nova realidade ao líder do PSD Madeira que nunca descartou a possibilidade de acordos com outros partidos, além do CDS que já faz parte da coligação, caso nas próximas eleições regionais deste ano, ainda assim, não consiga uma maioria absoluta.
Albuquerque tem deixado em aberto todas as possibilidades de entendimento, incluindo com o Chega, que segundo as sondagens poderá eleger deputados à Assembleia Regional, mas a verdade é que esta posição tão veemente apresentada por Luís Montenegro, com esta ligação a questões tão sensíveis como a xenofobia e o populismo, deixam Miguel Albuquerque com uma necessidade de explicar se admite, num Governo Regional do PSD, aquilo que o PSD repudia num seu governo da República.
Montenegro é ainda direto e não vacila quando lhe falam nas palavras de Marcelo quando diz que não há, neste momento, uma alternativa convicente ao Governo PS de António Costa: "Há uma alternativa, eu sou a alternativa, com o meu partido o Partido Social Democrata. E isto é tão claro que mesmo o argumento que é utilizado das sondagens, demonstra que estas revelam existência de alternativa".
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