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  • Foto do escritorHenrique Correia

"Não é aceitável que um licenciado esteja precário durante uma década"


José Manuel Rodrigues põe de novo o "dedo na ferida" em Dia da Assembleia: "Esta realidade não é só a do setor privado… Veja-se o que se passa com os jovens licenciados que entram como técnicos superiores da administração pública




Neste Dia da Assembleia Regional, 19 de julho, o presidente do Parlamento disse, na sessão solene comemorativa, que 'há uma Madeira antes e uma Madeira depois da Autonomia", considerando que "hoje, com honra e orgulho, podemos proclamar que valeu a pena a Autonomia; que fez toda a diferença serem os madeirenses a governarem as suas ilhas e a traçarem o seu destino.

Mas José Manuel Rodrigues, como vem sendo hábito, colocou o "dedo na ferida" da Autonomia, a exigir uma intervenção. Falou dos jovens e disse a realidade dos nossos dias: "Se é certo que nunca uma geração, como a atual, teve tantas

qualificações e oportunidades de revelar as suas capacidades, é igualmente

certo que nunca, como hoje, os jovens tiveram tantas dificuldades em conseguir um emprego que não seja precário e, mais grave, muitas vezes mal remunerado.

É muito positivo que quase noventa por cento (90%) dos jovens madeirenses concluam o ensino secundário e que, desses, uma boa parte ingresse no ensino superior. Só que persiste algum desfasamento entre as habilitações e as

licenciaturas adquiridas e as necessidades do mercado de trabalho e da economia".

O líder do Parlamento não ficou por aqui com o Governo a ouvir: "Não é aceitável que um jovem licenciado esteja como precário durante uma década, ou mais, a ganhar um pouco acima do salário mínimo, sem possibilidade de construir família e de ter uma vida com segurança.

E esta realidade não é só a do setor privado… Veja-se o que se passa com os jovens licenciados que entram como técnicos superiores da administração pública a ganhar pouco mais de mil euros e que marcam passo, durante anos, para progredir na carreira e ter melhores

vencimentos.

Esta situação tem de ser revista, sob pena de continuarmos a financiar os estudos dos nossos jovens e, depois, vê-los partir, dando o melhor das suas competências a outros países e perdendo a Madeira a sua juventude e os seus talentos".

Rodrigues dá exemplos: "Tal como os Governos precisam de estabilidade para executar os seus Programas, também as Famílias precisam de estabilidade para governar as suas Vidas; tal como a Região necessita de mais Autonomia para se desenvolver, também os jovens precisam de ter condições para se emancipar e vencer na vida".

O presidente da ALRAM aponta um outro problema na vida dos jovens: "Um outro problema que dificulta, sobremaneira, a vida dos jovens e impede a sua plena realização é a falta de habitação, quer por via do arrendamento quer através do crédito bancário. Começar uma vida depois da conclusão de um grau de ensino é cada vez mais difícil e isto constitui uma nega à promessa de que os nossos filhos viveriam melhor do que os pais".

Mas José Manuel Rodrigues decidiu, particularmente neste dia, relevar a Autonomia, apontar o dedo a Lisboa: "Hoje é também dia de voltar a protestar contra o centralismo que nos retira poderes e usurpa os nossos bens", fazendo referência ao chumbo do Tribunal Constitucional relativamente ao parecer vinculativo das Regiões Autónomas na Lei do Mar: "Se dúvidas houvesse sobre a necessidade de lutarmos por mais Autonomia na Constituição da República, a nega dos últimos dias do Tribunal Constitucional a uma gestão partilhada dos mares da Madeira e dos Açores pelas Regiões Autónomas e pelo Estado veio confirmar que, nas mais altas instituições da Nação, há pessoas que não percebem o que é a

Autonomia, ou então desconfiam dos seus órgãos de Governo próprio, e isso é inaceitável".


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