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O cravo ou a falta dele marca 25 de abril na Assembleia

  • Foto do escritor: Henrique Correia
    Henrique Correia
  • 25 de abr.
  • 2 min de leitura


A liberdade é para se ser livre de decidir com o pressuposto do respeito pelos outros. Também para usar ou não o cravo. O resto, é o que fica bem e o que, não ficando mal à luz da liberdade, não é oportuno por dar a ideia de "um pé dentro, um pé fora".




O deputado socialista Víctor Freitas veio revelar que a bancada do PS-M foi a única a levar um cravo vermelho para a sessão solene dos 51 anos do 25 de abril de 1974, uma Revolução que teve como símbolo precisamente o cravo.

Por haver 25 de abril, ainda que falte cumprir abril em muitas vertentes da nossa sociedade, também a liberdade permite que se use ou não os cravos na sessão solene, não é uma obrigação, mas usando também é um simbolismo da data, não uma questão partidária.

Nunca se entendeu bem a resistência da Assembleia Regional em não comemorar o 25 de abril e assinalar o 25 de novembro, uma realidade vivida no tempo de Jardim e legitimada por muitos dos que, ainda hoje, são deputados. Nunca se percebeu isso à luz do que representou o 25 de abril, mesmo no entendimento que o 25 de novembro foi realmente a restauração da liberdade. Mesmo assim, nesse entendimento, o 25 de abril foi o dia chave dessa liberdade, por muitos caminhos percorridos desde então até ao 25 de novembro. O 25 de abril de 74 será sempre o 25 de abril, o cravo será sempre o símbolo.

Por tudo isto, não se entendem certos complexos político partidários relativamente ao cravo, ligando-o a conotações de partido e não de Nação. A grandeza de um momento deve sobrepor-se à avaliação da História partidária e ideológica. Ou achamos que deve ser comemorado com tudo, cravo incluído, sem complexos sobre quem foi ou não o mais democrata e o mais defensor da liberdade, ou então fechem as portas e fiquem no entendimento que entenderem e não no meio termo ou num sim, não, talvez.

A liberdade é para se ser livre de decidir com o pressuposto do respeito pelos outros. O resto, é o que fica bem e o que, não ficando mal, não é oportuno dar a ideia de "um pé dentro, um pé fora".

Abril sempre. Seja como for, seja com quem for.

 
 
 

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