O encontro "imediato" entre Albuquerque e o "novo" militante socialista
- Henrique Correia

- 7 de out. de 2022
- 2 min de leitura
Miguel Gouveia já demonstrou "disponibilidade para continuar a desenvolver trabalho político até se cumprir o que considero ser essencial para uma democracia saudável e, simultaneamente, para o futuro desta região: a alternância democrática".

Miguel Albuquerque "desligou" simbolicamente a Central Hidroelétrica da Serra de Água, que entrará em obras de profunda requalificação, num envolvimento financeiro de 15,38 milhões de euros.
"Foi um momento de homenagem aos trabalhadores daquela infraestrutura, pelo seu profissionalismo e pela sua dedicação, num reconhecimento justo pelos que sempre ali estiveram e estão a dar o seu melhor para que a Madeira tivesse e tenha fiabilidade na energia fornecida".
Mas politicamente falando, não deixou de chamar a atenção a presença de Miguel Gouveia, um quadro da Empresa de Eletricidade, mas também provavelmente o mais recente militante socialista madeirense, de certeza um dos mais recentes, que trocou impressões com o presidente do Governo e líder social democrata, num momento de cordialidade e de respeito institucional. Fica a dúvida, certamente até em Albuquerque, sobre o papel que Miguel Gouveia vai desempenhar nas próximas eleições regionais no âmbito da candidatura socialista às eleições legislativas de 2023, sendo que por agora há a liderança de Sérgio Gouveia, que apesar de ainda não ter o "tal carisma" das lideranças com potencial, assume-se como alternativa ao governo de coligação, num posicionamento com contornos que não correspondem, de todo, ao que pensa Miguel Gouveia, como este já disse ao disponibilizar-se para dar o contributo ao seu novo partido apontando não concordar com algumas orientações. Sem dizer quais.
Fontes socialistas avançam que Sérgio Gonçalves é um bom líder técnico, mas não será um líder político para dar dimensão ao PS-M suficiente para fazer o que Cafôfo fez em 2019. Mas também dizem que a alternativa não terá enquadramento num quadro novo socialista, que também não tem o carisma que teve Cafôfo, um resultado muito difícil de repetir em 2023.
Miguel Gouveia já disse publicamente, ao Económico: "Estou disponível, mas há propostas do PS em que não me revejo". Na sequência, falando da entrevista, escreveu que manifestou a "disponibilidade para continuar a desenvolver trabalho político até se cumprir o que considero ser essencial para uma democracia saudável e, simultaneamente, para o futuro desta região: a alternância democrática".
Seja como for, vá o PS-M como for às eleições de 2023, Albuquerque jogou pelo seguro e vai a votos com o CDS. E não lhe falem de outra coisa...





Comentários