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  • Foto do escritorHenrique Correia

O PSD-Madeira tem um eleitorado de "bandeira"




Este eleitorado de "bandeira" é fiel ao PSD, normalmente não está na máquina governativa ou partidária, mas genuinamente vê a seta como sentido único e faz poucos ou nenhuns votos de mudança.



Muitas questões estão a ser levantadas relativamente às próximas eleições regionais, designadamente até que ponto pode estar em causa a vitória do PSD-Madeira, para onde irão os votos de eventuais descontentes com esta liderança de Albuquerque, qual o valor em votos dos partidos que suportaram a governação social democrata, casos do CDS, PAN e a IL enquanto "candidato" a essa viabilização. Também de que modo o CHEGA vai manter ou alargar a sua base de apoio no protesto global, qual o sucesso do Partido Socialista nesta mensagem de ser a única solução de alternativa governativa, ou ainda qual a dimensão do JPP como o partido que será oposição sem ser "bengala" anunciada a um Governo.

Será fácil de prever, por muitas contas que se façam, a vitória do PSD-Madeira nestas eleições de 26 de maio. Pode estar a "queimar em lume brando", tem vindo a perder votos e isso provavelmente irá continuar a acontecer, mas ainda insuficiente para perder as eleições, até porque o principal partido da oposição está a sentir grandes dificuldades para se assumir com aquela "vaga de fundo" que normalmente já era para o eleitorado estar a sentir. E não está. Mas pode aumentar o caudal de votação se o sentido de voto for o de canalizar apoio ao partido que está mais perto de chegar lá. Ainda que esteja longe, a avaliar pelos últimos resultados. Há um cenário crónico, de votos certos no PSD, mas também de afirmação por parte do PS.

Mas há uma realidade indesmentível. Além das estruturas de partido e de Governo, que obviamente votam no PSD para manter o "status" e o bem estar geracional, existe aquilo a que podemos chamar de eleitorado de "bandeira". Temos uma companhia aérea de "bandeira", é assim parte do eleitorado do PSD, é "residente", vota no partido seja qual for a eleição, vota porque sim, como um clube, nunca fez outra coisa nem vai fazer. Por isso, estes já entraram garantidamente nas urnas. O que é bom para os números do PSD, mas é mau para a oposição que tem aspirações há quase cinquenta anos de poder social democrata.

Este eleitorado de "bandeira" é fiel ao PSD, normalmente não está na máquina governativa ou partidária, mas genuinamente vê a seta como sentido único e faz poucos ou nenhuns votos de mudança. É um caso muito específico, muito da Madeira, muito de meios pequenos, um reconhecimento inabalável do que fez o PSD desde sempre. Suficiente para perdurar o apoio no tempo, no futuro, no agitar da bandeira.

O problema é quando o "lume brando" chegar adentro...

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