Raimundo pede Albuquerque para pôr fim ao "terrorismo ambiental"

"Se tal não acontecer, ainda arranjarei forças para mobilizar os madeirenses livres, com o objetivo de lutarmos na rua em prol do património natural e cultural descanso".

"Hoje, apresento-lhe, caso ainda não conheça, mais uma empresa especializada na destruição da Laurissilva".

O investigador, professor e ambientalista Raimundo Quintal, antigo vereador da Câmara do Funchal, veio hoje a público dirigir-se ao presidente do Governo Regional no sentido de um desabafo sobre os atropelos à Educação Ambiental: uma grande tristeza e uma enorme indignação perante os crescentes atropelos praticados do mar à serra, refere o especialista ambiental reportando o caso de uma empresa que, segundo Raimundo "especializada na destruição da Laurissilva".

Ma carta a Albuquerque, diz

"Conhece-me bem e sabe quanto tenho lutado, com muitos voluntários, em defesa da qualidade da Laurissilva e dos outros ecossistemas do nosso arquipélago.

Infelizmente, aos 71 anos e após cerca de cinco décadas a trabalhar em prol da Natureza e a praticar Educação Ambiental, sinto uma grande tristeza e uma enorme indignação perante os crescentes atropelos praticados do MAR À SERRA por gente egoísta, gananciosa, sem um mínimo de sensibilidade e conhecimento científico do património natural e cultural das nossas ilhas.

Nas levadas, estradas reais e velhos trilhos da Ilha da Madeira, nos caminhos de terra batida à beira de geomonumentos no Porto Santo e na Madeira, são frequentes as atividades insustentáveis.

Hoje, apresento-lhe, caso ainda não conheça, mais uma empresa especializada na destruição da Laurissilva.

Por amor à Natureza e ao património edificado com muito sacrifício pelos nossos antepassados, sinto o dever de exigir ao Governo Regional a aplicação de medidas urgentes para acabar com o terrorismo ambiental.

Se tal não acontecer, ainda arranjarei forças para mobilizar os madeirenses livres, com o objetivo de lutarmos na rua em prol do património natural e cultural descanso".