Segundo revela a CNN Portugal: "No caso do presidente do governo regional, alvo de buscas em casa, está por exemplo em causa uma relação suspeita com o grupo Pestana".
A CNN Portugal revela que há uma operação em curso, na Madeira, da PJ e do Ministério Público envolvendo "mais de 50 buscas por suspeitas de corrupção e outros crimes associados que envolvem os mais altos titulares de cargos públicos e políticos na Madeira Dois dos alvos da operação são o próprio presidente do governo regional, Miguel Albuquerque, e o presidente da Câmara do Funchal, Pedro Calado". A Câmara do Funchal já confirmou as buscas sublinhando que "um grupo de inspetores da Polícia Judiciária deu entrada esta manhã nas instalações do edifício dos Paços do Concelho, para a realização de buscas.
A Câmara Municipal do Funchal está a colaborar na investigação em curso e a prestar toda a informação solicitada, num espírito de boa cooperação".
Segundo aquela estação televisiva "trata-se daquele que era até aqui considerado o potencial sucessor de Albuquerque à frente dos destinos do PSD/Madeira. Foi vice-presidente do governo regional até ter assumido a liderança da câmara, em 2021. Antes, trabalhara para o grupo empresarial AFA, que detém os hotéis Savoy – e é com este grupo que o Ministério público considera que Pedro Calado tem um pacto corruptivo, de favorecimento com as devidas aprovações de licenciamento camarário, em troca de contrapartidas".
A CNN acrescenta que "no caso do presidente do governo regional, alvo de buscas em casa, está por exemplo em causa uma relação suspeita com o grupo Pestana – os sócios de Cristiano Ronaldo, entre outros hotéis, no Pestana CR7 Funchal. Neste caso, a suspeita prende-se com a venda de uma quinta de Albuquerque a um fundo imobiliário com sede em Lisboa, em 2017, por 3,5 milhões de euros".
"A investigação nasceu dois anos depois e em março de 2021 a PJ já tinha feito buscas ao presidente do governo regional. A quinta do Arco, ou das Rosas, passou a ser arrendada ao grupo Pestana para exploração turística – o que coincidiu no tempo com a renovação da concessão da Zona Franca da Madeira ao grupo Pestana.
A investigação suspeita da participação de Albuquerque nesse fundo que adquiriu a propriedade da quinta – e que os 3,5 milhões de euros tenham sido uma contrapartida paga em atos corruptivos. Sobre a concessão da exploração da zona franca ao grupo Pestana, por ajuste direto, o Tribunal de Contas concluiu que estava ferida de ilegalidade: o processo conduzido por Pedro Calado, na altura vice-presidente de Albuquerque, violou o princípio da concorrência", refere a notíciada CNN.
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