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  • Foto do escritorHenrique Correia

Albuquerque escolheu local do Conselho e Cunha e Silva organiza almoço "reservado"


Líder do PSD-M responsabilizou organização do Conselho Regional pela reduzida lotação da sala que ele próprio escolheu.





Já se sabia que Miguel Albuquerque, o líder do PSD Madeira, ficou agastado, digamos que mesmo irritado, com o facto da sala escolhida para acolher o Conselho Regional do Partido, no passado sábado na Casa das Mudas, na Calheta, ser reduzida para tantas pessoas presentes. Ficou gente de pé e para o líder é como se fosse uma "argolada" de quem organiza.

E também como se disse, o líder terá ameaçado que, mais uma destas da organização, o mesmo que dizer secretariado, o mesmo que dar um nome às "coisas", o secretário-geral José Prada, seria ele próprio, Albuquerque, a pegar nos assuntos e resolver. O líder está assim, dizem-nos que está mais "cheio de si" depois das sondagens que lhe dão liderança a "transpirar" por todos os lados, como se o CDS fosse na coligação porque o que está dito, está dito e não há, agora, volta a dar. Se pudesse, ia sozinho a votos em 2023, os indicadores dão-lhe maioria absoluta na mesma.

Surpresa, também, foi ter chegado aos jornais esta "picada" na organização de José Prada, fez logo lembrar outra "fuga de informação" aquando da lista de intervenções no Chão da Lagoa, que deixou Calado de fora e também teve Prada no centro do debate. Dizem que essa "fonte", proeminente social democrata, poderá ter sido a mesma.

Isto tudo é o que já se sabia. Mas o que se sabe, agora, é que foi Miguel Albuquerque quem escolheu a Calheta e especificamente o local do conselho regional do PSD Madeira, o que de certo modo coloca a observação do próprio como uma responsabilização exclusiva à organização colocando-se de fora, o que provocou alguns incómodos num partido que disse ter saído desse conselho com uma união plena à volta do objectivo eleições 2023. Ao nível do objetivo global, sim. Nesta dialética de poder, nem por isso.

Mas este conselho regional registou outros contornos interessantes do ponto de vista das estratégias internas, que muitos fazem ligação direta com as eleições do próximo ano. E nessa linha, uma parte do PSD sentiu-se no mínimo "desconfortável" com um almoço que o presidente do Conselho Regional organizou, no dia da reunião daquele órgão, e que várias fontes classificaram como "reservado". João Cunha e Silva, que foi vice presidente de Jardim, tem fortes ligações à Calheta e promoveu esse encontro em sua casa com escolha seletiva, tão seletiva que deixou de fora habituais "elegíveis" para esta espécie de "tertúlia".

Além do anfitrião Cunha e Silva, estiveram presentes Miguel Albuquerque e o seu adjunto Miguel Silva, Pedro Calado, os secretários da Educação e da Saúde, Jorge Carvalho e Pedro Ramos, o atual e o anterior presidentes da Câmara da Calheta, Carlos Teles e Manuel Baeta, bem como Sousa Lino, uma figura desde sempre próxima do PSD.

Várias fontes do PSD-Madeira garantem que Cunha e Silva poderá estar a equacionar um regresso à política ativa, mas dizem-nos que estará colocada de parte a entrada por via da lista de deputados, sendo que há uma convergência de convicções relativamente à falta de popularidade que o vice de Jardim ainda tem e que o impede de capitalizar os apoios necessários. Daí estar, eventualmente, a equacionar alternativas.


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