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  • Foto do escritorHenrique Correia

Bronca no PSD-M: Prada "silencia" Calado e Albuquerque "deixa andar"



José Prada manda na operacionalização partidária e Miguel Albuquerque quer aparecer com o trabalho feito e ganhar eleições. Deixa andar, portanto, a máquina e não quer chatices.





A notícia foi hoje publicada no JM e dá visibilidade pública ao que, em surdina, vem acontecendo nos corredores da Rua dos Netos, a sede regional do PSD-Madeura, situações que só não têm expressão eleitoral negativa porque há muitas vidas em jogo e quando a luta das eleições aquece, o toque a reunir vem ao de cima e as questões voltam para "debaixo do tapete".

Refere o JM que o secretário-geral do PSD-M José Prada reuniu-se com a concelhia do Funchal, liderada por Pedro Calado, mas sem a presença deste. Além disso, Calado não figura no alinhamento de discursos da Festa do PSD, na Herdade do Chão da Lagoa, o que nunca aconteceu antes com um presidente de Câmara do PSD, por exemplo com Miguel Albuquerque, quando era presidente da Câmara do Funchal, que sempre fez intervenção na Festa no tempo de Alberto João Jardim presidente.

Está visto, assim, que o ambiente no PSD Madeira não anda bom. E o "modus operandi" do partido está definido como José Prada manda na operacionalização partidária e Miguel Albuquerque quer aparecer com o trabalho feito e ganhar eleições. Deixa andar, portanto, a máquina e não quer chatices. Ao ponto de Prada optar por uma estratégia de fazer andar o partido e ao contrário do que acontecia antes, que dava conta de tudo e teve sérios problemas com o líder, agora faz e pronto. O que obviamente não aconteceu neste caso, uma vez que José Prada assumiu o afastamento de Calado nos discursos mas unicamente para tirar a carga política interna, e externa, que teria se fosse Albuquerque a assumir a decisão. Uma espécie de "testa de ferro", além de que Prada, ao que se diz, não está à espera de grandes cargos numa futura liderança de Pedro Calado no partido. E garantem-nos, também, que Prada não alinha em determinadas "engenharias" políticas de alguns setores do partido, o que o coloca numa situação de intervir em situações mais delicadas.

Mas estas divergências internas não são novas e tanto Albuquerque como Calado têm dirigido as suas ambições com estes focos de desequilíbrio. Desde as últimas autárquicas, que conduziram Calado à presidência da Câmara do Funchal, o problema agravou-se com as divergências insanáveis entre José Prada e Rui Coelho, que levaram este a "refugiar-se" nas mãos de Pedro Calado, sendo até motivo de observação as mensagens do Facebook em que Coelho coloca Calado num patamar de grandes elogios. E não se sabe se foi por isso, mas Rui Coelho acabou por fechar a página um dia destes, o que estáa ser alvo de comentários internos.

Mas não é só isso que Calado vai ter que gerir, os equilíbrios passam por harmonizar apoios, como o de Jaime Filipe Ramos por exemplo, que cortou quaisquer relações com Rui Coelho desde as internas de 2015. Calado está numa fase de ir a todas e preparar "exércitos", já não havendo grandes dúvidas que avançará com a candidatura à liderança do partido assim que Miguel Albuquerque sair, o que poderá acontecer em 2027, se ganhar as eleições regionais de 2023.

E é neste contexto que o PSD-M pede muita gente e muita Festa na Herdade. E se há coisa que o PSD Madeira faz bem é mobilizar para a Festa. Pelos vistos, é mais dificil unir a linha da frente.




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