"A necessidade de uma linha subsidiada é matreira e falsa, pois assenta em argumentos técnicos e métricas de gestão e de mercados falaciosas e erróneas.
A Causa Ferry "convoca" os candidatos à Câmara do Funchal para uma sessão a 16 e 17 de setembro.
Na base estão dois estudos de viabilidade económica sobre a ligação marítima de passageiros entre a Madeira e o continente que contrariam a mensagem oficial que vai no sentido de apenas ser possível uma linha marítima de passageiros Madeira-Continente se for fortemente subsidiada. Os governos, Regional e da República, andam num "braço de ferro" e o barco não anda.
Trara-se de um serviço cuja regularidade tem andado intermitente à conta da argumentação de inviabilidade enquanto negócio, envolvendo custos acrescidos à Região por via dos subsídios que exigem, segundo as versões operadas, com o Governo Madeirense a reivindicar esse ónus ao Governo da República.
A tese de um movimento cívico madeirense, a Causa Ferry para a Madeira-Continente, é outra: a falta de viabilidade económica não "pega" para justificar a ausência de soluções. Por isso, decidiu convocar os cabeças de Lista, candidatos à autarquia do Funchal nas eleições de 26 de "a participarem numa sessão de esclarecimento relacionada com as operações Ferry-Boat de passageiros e xarga entre o Porto do Funchal e a Península Ibérica. A sessão de esclarecimento decorrerá entre as 11:00 e as 12:00 junto a Rampa Roll-On Roll-Off do porto do Funchal (amarração do Lobo Marinho) nos dias 16 e 17 de setembro".
O grupo afirma que a razão desta convocatória aos candidatos do Funchal "é estabelecida na dinâmica Porto do Funchal vs. Cidade do Funchal", sendo vontade deste grupo cívico, organizado de forma informal desde 2011, que mantem regularmente atividade através da pagina Facebook, https://www.facebook.com/groups/218733661564144, "apresentar aos senhores candidatos um largo conjunto de argumentos, razões e enquadramentos, justificativos do interesse público no restabelecimento deste tipo de ligação Marítima".
Considera este grupo que "a necessidade de uma linha subsidiada é matreira e falsa, pois assenta em argumentos técnicas e métricas de gestão e de mercados falaciosas e erróneas.
Consideramos, e demonstraremos que o conceito da inviabilidade económica não passa de um argumento ardiloso e concebido unicamente para assaltar o estado e a região, com mais subsídios e desnecessários incentivos financeiros públicos".
A "Causa Ferry" faz uma exposição sobre o assunto para apontar o dedo ao Governo e ao armador dominante na Região, o grupo Sousa: "As verdadeiras dinâmicas de viabilidade económica são bem diversas daquilo que o oficialismo do Governo Regional preconiza, propõe e promove junto a opinião pública e às entidades de governo nacionais.
A argumentação intoxicante do “armador poderoso dos contentores” ainda é dominante nos processos mediáticos, políticos e sociais madeirenses.
Perturba, assim, a compreensão daquilo que é uma dinâmica simples e universal: A dinâmica da procura e da oferta'.
O movimento lembra o que considera de "manobras que dificultaram e que acabaram por extinguir a atividade da antiga operação ARMAS", bem como o que afirma como "manipulação da opinião publica" que alterou as dinâmicas de uma avaliação racional e correta.
"O sucesso da operação foi inquestionável", reforça o grupo, adiantando que "a sua viabilidade é possível sem subsídios massivos e permanentes. Como na antiga operação Armas, a dinâmica económica estabilizava-se ao ponto do antigo armador perspetivar uma segunda frequência semanal".
Por isso, o grupo promete que "a eventual resistência por parte de grupos de interesse e dos seus apêndices, na comunicação social, mesmo em sectores políticos e na área financeira serão frontalmente contrariados".
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