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  • Foto do escritorHenrique Correia

"Confirmo que manterei reuniões e contacto com o Presidente do Governo Regional da Madeira"

A Região Autónoma é uma das minhas prioridades fundamentais



Miguel Albuquerque tem andado a evitar comprometer-se com André Ventura na luta que este já leva a caminho da Presidência da República. A caminho é como quem diz, ao nível da candidatura, que segundo as sondagens valerá, neste momento, uns 10%. Contra Marcelo, que anda pelos 64%. É muita diferença, embora o politicamente correto aconselhe aos lugares comuns, que todos são vencedores ou vencidos à partida, que não existem vencedores antecipados, entre outras máximas que ajudam a "digerir" a luta política. Mesmo que o enquadramento atual leva para indicadores que favorecem o atual Presidente da República, cuja popularidade é um ponto a favor, mesmo que às vezes possa roçar o populismo, que como se sabe, neste País, dá muitos votos.

O líder do Chega, já se sabe e foi vastamente noticiado, mandou uma carta ao presidente do Governo Regional e líder d PSD-Madeira, apelando ao apoio deste na sua candidatura contra Marcelo. Mas acontece que o próprio Albuquerque, que já tinha vindo a público, em tempos, trazer à evidência uma sua possível candidatura a Belém, entretanto colocada em "banho maria" até ver, foi surpreendido com este desafio de Ventura e respondeu como podia, ou seja, que estava ainda a pensar se avançava ou não. Ganha tempo e vê se Ventura não s elembra de insistir, uma vez que mesmo no quadro interno do PSD, esta opção de apoio, a concretizar-se, será alvo de grande contestação, também no seio da coligação regional.

Mas Ventura já percebeu a "brecha" e no seu Facebook, deixou claro: "Confirmo que manterei reuniões e contacto próximo com o Presidente do Governo Regional da Madeira, no âmbito da minha candidatura presidencial. Nada mais! O meu mandatário na RAM é Fernando Gonçalves, líder do Chega na Madeira. A Região Autónoma é uma das minhas prioridades fundamentais". Ventura resolve duas situações, não retira protagonismo aos homens do Chega na Região e deixa Albuquerque "preso" ao argumento de defesa da Região. Se Marcelo não defende os interesses regionais, como diz Albuquerque, então só resta o apoio a quem defende, que é André Ventura. Uma situação deveras embaraçosa para o líder do governo madeirense.

Albuquerque já percebeu esse incómodo e não foi por acaso que reagiu, como demos conta, a quem o critica e considera anti democrática esta aproximação a Ventura e ao Chega. Contrapõe com a aliança do PS com a extrema esquerda, em Lisboa e contra quem, estando comprometido com essa aliança, venha falar de falta de sentido democrático quando é ao contrário.

Mas não há dúvida que esta situação relacionada com um eventual acordo com o Chega e Ventura deixa o PSD num patamar difícil em termos de afirmação da sua identidade na luta pela futura governação em Portugal.

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