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  • Foto do escritorHenrique Correia

Costa prepara cedência à Madeira mas em troca quer abstenção no Orçamento


Marques Mendes revela que uma dessas cedências será "a extensão até 2023 das licenças na Zona Franca da Madeira". O deputado Sérgio Marques diz que “iremos votar favoravelmente todas as propostas que salvaguardem os interesses dos Madeirenses".




O antigo líder do PSD e atual comentador da SIC Marques Mendes revelou hoje, no seu comentário de domingo, que o Governo da República prepara-se para fazer cedências, no Orçamento de Estado, relativamente a algumas das reivindicações da Madeira, sendo que esta abertura de diálogo nas negociações já tinha sido tornada pública pelo próprio presidente do Governo Regional e líder do PSD-Madeira, mas também pelos deputados madeirenses na Assembleia da República.

Marques Mendes garante que Costa está disponível para atender a Madeira designadamente sobre "a extensão até 2023 das licenças na Zona Franca da Madeira", mas também noutros pontos, sendo que o primeiro-ministro quer tentar passar a mensagem que este Orçamento é muito mais do que o OE do PS, pelo que também está em curso uma cedência ao Livre e ao PAN.

Mas o que é mais sensível, do ponto de vista do enquadramento político, segundo o comentador, é a contrapartida para ceder à Madeira. Marques Mendes garante que há a intenção de Costa pedir a abstenção global dos deputados do PSD-Madeira, o que numa perspetiva de voto contra da bancada social democrata, representaria um desalinhamento difícil de justificar atendendo às eleições em curso para a liderança nacional do partido, onde Miguel Albuquerque é o mandatário nacional de Luís Montenegro.

Mesmo que o presidente do Governo Regional e líder do PSD Madeira tenha assumido que a Madeira estará sempre acima do partido e que o comportamento dos deputados também poderia ir nesse sentido de conquista por parte da Madeira, o momento não é fácil para Miguel Albuquerque quando um dos candidatos à liderança pede unidade do partido e garante lugar de destaque à Região e de repente vê o sentido de voto diferente do assumido pela bancada do partido. Seria preciso explicar muito bem essa "deserção" do PSD-M quando se escolhe o líder.

De acordo com o relatado pelo Expresso online "no caso do PSD/Madeira, uma abstenção (que o líder parlamentar do PSD já pediu que não acontecesse), acontecia numa altura chave: é que o PSD escolhe no próximo sábado o seu novo líder. E Mendes, também ele ex-líder do partido, já foi avisando: “A vida do novo líder do PSD vai ser simultaneamente um inferno e uma oportunidade”. Inferno porque “o novo líder não tem lugar na AR”, “porque a direita está muito fragmentada” e “porque muitos anos de oposição geram desmobilização e desertificação”. Mas também há oportunidade, visto que “o PSD vai finalmente unir-se (ganhe quem ganhar, vai fazer o “rassemblement” do PSD e chamar o seu adversário a colaborar)” e porque o Governo começará a acusar desgaste".

Entretanto, o deputado do PSD-Madeira Sérgio Marques veio a público garantir “iremos votar favoravelmente todas as propostas que salvaguardem os interesses dos Madeirenses, sejam quais forem os Partidos que as apresentem, porque, independentemente das cores políticas, é a postura firme da defesa da Madeira que nos move e que será uma bandeira para manter na presente Legislatura”.

O parlamentar diz que "está em

em curso um processo de diálogo e de negociação que é positivo para a Região e, neste momento, a nossa expetativa é que haja abertura do PS e do Governo da República para aprovar algumas das 41 propostas de alteração que apresentámos, como de resto deverá acontecer quanto ao Centro Internacional de Negócios e à fiscalidade indireta dos Runs”.

Estas declarações surgem na véspera de arrancar a fase final de apreciação do Orçamento do Estado para 2022, a ter lugar durante esta próxima semana.


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