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  • Foto do escritorHenrique Correia

Funcionários dos partidos em alta, qualidade da classe política em baixa



Miguel Albuquerque explica exatamente o seu ponto de vista: "O que temos, em função do regime de incompatibilidades, é um conjunto de funcionários dos Partidos que não têm qualquer autonomia nem nenhum contacto com os cidadãos".




Miguel Albuquerque, líder do PSD Madeira, colocou o chamado "dedo na ferida" da qualidade do contingente político em função das incompatibilidades, dando origem a um certo funcionalismo que emerge nos partidos.

Não se sabe se contra o seu próprio partido fala, mas a verdade é que Albuquerque foi à abertura da Conferência “Crise na Participação Política – o Desafio da Década” abordar "a radicalização da transparência que se vive em Portugal" e dizer que "a funcionalização dos Partidos tem, como consequência direta, o empobrecimento da qualidade da classe política. Nós, no princípio, na instituição da democracia em Portugal, tínhamos um parlamento onde estavam gestores, advogados, pessoas que tinham a sua vida privada e que desempenhavam papéis com relevância na sociedade e agora o que temos, em função do regime de incompatibilidades, é um conjunto de funcionários dos Partidos que não têm qualquer autonomia nem nenhum contacto com os cidadãos e com a vivência real da sociedade, o que obviamente tem influência direta na qualidade da classe política, que acompanha o empobrecimento do País”, disse, acrescentando que esta submissão, muitas vezes por cobardia, dos políticos à demagogia política e ao populismo leva a este estado de coisas, o que torna tudo muito mais difícil, “tanto mais numa democracia como a nossa, que precisa de recrutar os melhores da sociedade mas vê-se impedida porque tudo é incompatível”, refere um texto publicado nas plataformas digitais do PSD-M.

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