Posição do CDS a "picar" o PSD no pedido de apoio de Lisboa motivou reação do ex-deputado social democrata Carlos Rodrigues: "Estamos perante aquilo que os nossos parceiros realmente são: oportunistas da pior espécie".
No momento em que tanto o presidente do Governo como o secretário regional da Saúde e Proteção Civil recusavam o apoio da República no combate aos incêndios com o argumento de ainda não termos esgotado os meios próprios, vinha o CDS, que como se sabe é parceiro assumido do PSD, dizer precisamente o contrário do seu companheiro de rota governativa. O partido de José Manuel Rodrigues deixava o seu pensamento, que por acaso "pisava nos calcanhares" da governação. Com parceiros destes...
Os centristas deixaram uma mensagem clara: "Tendo em conta as zonas onde o fogo está a lavrar, temos que avaliar a possibilidade de ter o apoio de reforços do continente, nomeadamente de meios aéreos...A situação piorou nas últimas horas e naturalmente as respostas também terão que ser outras".
Face a esta realidade e na linha crítica que vem exercendo relativamente ao papel do CDS nesta parceria de interesses com a passividade do PSD-M, o ex-deputado social democrata Carlos Rodrigues não deixou passar a oportunidade para recordar algumas realidades que ajudam a perceber uma certa "teia" da política madeirense e, mais do que isso, enquanto militante, a perda de identidade do partido liderado por Miguel Albuquerque.
Carlos Rodrigues tira as (suas) conclusões de mais um momento em que, na sua opinião, o CDS fez como um "tirar o tapete ao PSD: "Estamos perante aquilo que os nossos parceiros realmente são: oportunistas da pior espécie. O PSD apenas ganhou algumas semanas, o governo da região está preso por um fio de seda, dependente de parceiros nada fiáveis que apenas querem impor as suas agendas, sempre à espreita para se desmarcarem.
O PSD ganhou um poder fátuo e perdeu uma coisa muito mais relevante e difícil de recuperar, a sua identidade. Semanas de governação pela sua identidade e matriz. Dias de poder pelo seu enfraquecimento e destruição. Parceiros falsos e pouco fiáveis por militantes valorosos e dedicados. Valeu a pena?"
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