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  • Foto do escritorHenrique Correia

Honras de Panteão Nacional para o homem que salvou vidas na invasão nazi


"Ao arrepio das ordens de Lisboa, começa a emitir vistos a toda a gente, ordenando aos consulados dele dependentes que fizessem o mesmo”.




Aristides de Sousa Mendes morreu em abril de 1954. Tinha 68 anos de idade e deixou para trás um rasto de memória coletiva sobre um ato de humanismo que o levou a um patamar de reconhecimento até aos nossos dias. Hoje, teve honras de Panteão Nacional, muitos consideram que deveria ter acontecido há mais tempo.

Foi cônsul de Portugal em Bordéus aquando da invasão nazi. Passou vistos de entrada em Portugal, dizem que aos milhares, embora esta questão dos números não tenha sido apurada de forma precisa. Mas foram muitos, foi sobretudo a atitude, a solidariedade, a ajuda a muitos judeus em fuga, foi uma figura de um sentido de humanismo inigualável. Para ajudar, contrariou ordens de Lisboa, de Salazar melhor dizendo. As pessoas primeiro, foi este o estado de Aristides Sousa Mendes, que cumpriu uma missão humanitária muitas vezes contrariando decisões superiores.

"É neste contexto de angústia e desespero generalizados que Aristides Sousa Mendes, que desde o início da guerra vinha emitindo alguns vistos à revelia da circular 14, o que lhe custou várias chamadas de atenção, decide, a 17 de junho, ao fim de três dias de uma enorme luta interior, escutar a voz da sua consciência e, ao arrepio das ordens de Lisboa, começa a emitir vistos a toda a gente, ordenando aos consulados dele dependentes que fizessem o mesmo”, referiu Margarida de Magalhães Ramalho, investigadora e coautora do Museu Virtual Aristides de Sousa Mendes, a quem coube o elogio fúnebre ao famoso diplomata português, como refere uma peça da Renascença.







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