O líder só aproveitou o momento para desencorajar quem porventura possa pretender colocar "areia na engrenagem" neste acordo que serve aos dois por diferentes razões.
A coligação governativa PSD/CDS para as eleições legislativas regionais de 2023 já estava acertada. É uma renovação do que já existe no poder regional e em alguns acordos nos órgãos autárquicos. Hoje, no congresso da JSD Madeira, Miguel Albuquerque deixou claro que a coligação é para continuar. E na plateia, estavam vários membros do Governo, incluindo Rui Barreto e Teófilo Cunha, os secretários regionais indicados pelo CDS.
Diga-se que este congresso da "jota" foi palco de uma mobilização generalizada da máquina laranja. Atual e passada, como por exemplo o "reaparecimento" do secretário-geral do PSD do tempo de Jardim, Jaime Ramos, que depois da saída da política ativa tem estado das reuniões partidárias. Também Miguel Sousa, antigo vice de Jardim, esteve sentado a ouvir o "aviso" de Albuquerque no sentido de pôr no olho da rua quem fizer confusão. E até pode ser entendido como confusão o artigo recente de Miguel Sousa no Diário desancando nas negociações com o CDS que conduziram à eleição de José Manuel Rodrigues para presidente da Assembleia, uma posição que o antigo vice do Parlamento entende ser do PSD e não do CDS, no âmbito do acordo de coligação.
Nesta plateia em dia de reeleição de Bruno Melim na liderança da JSD-M, só faltou mesmo Jardim e Cunha e Silva para Albuquerque fazer o tal "pleno" de unidade que quer para o partido. O líder só aproveitou o momento para desencorajar quem porventura possa pretender colocar "areia na engrenagem" neste acordo que serve aos dois por diferentes razões. O PSD porque vai mais seguro prevenindo qualquer surpresa em 2023, o CDS porque sem saber o que vale em votos, neste momento, sabe que tem sempre a "bandeira" que garante a governação ao PSD.