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  • Foto do escritorHenrique Correia

José Manuel Rodrigues defende dinheiros públicos nos órgãos de informação


“É dever dos Estados, das regiões e dos governos apoiarem a ‘imprensa de referência".





José Manuel Rodrigues insistiu hoje na necessidade de serem injetados dinheiros públicos nos jornais, nas rádios e nas televisões de referência, a que no seu conjunto denominou de imprensa, um termo que deriva da prensa móvel, processo gráfico aperfeiçoado por Johannes Gutenberg no século XV e que, a partir do século XVIII, foi usado para imprimir jornais, então os únicos veículos jornalísticos existentes. O termo ficou, mas o recomendável, nos nossos dias, é utilizar órgãos de comunicação social quando esteja em causa além de jornais, uma vez que nem todos os órgãos são impressos.

O presidente da Assembleia Regional, também ele jornalista, tem vindo a defender os que classifica como órgãos de referência, faltando definir como se chega ao termo referência, se para isso será suficiente empresa constituída, inscrita na ERC e regulada no mercado com profissionais com carteira profissional. Seria um critério, que não único.

José Manuel Rodrigues falou para uma plateia de jovens, na APEL, onde certamente o nível de consumo de jornais, rádio e televisão, é reduzido como se sabe, sendo em maior número o consumo digital inclusive de órgãos que o presidente do Parlamento aponta como referências, nas respetivas edições online, disponíveis nas redes sociais, espaço que Rodrigues critica face ao que considera ser a proliferação de falsas notícias. Como de resto há verdadeiras e jornalisticamente trabalhadas.

“É dever dos Estados, das regiões e dos governos apoiarem a ‘imprensa de referência’”, referiu José Manuel Rodrigues, defendendo para tal ajudas financeiras “à imprensa, à rádio e à Televisão de referência”. Entende por isso que a escola tem um papel fundamental e deve apostar mais na “literacia mediática”, através do ensino e da educação dos “jovens para a lidarem com as redes sociais, com os fenómenos de desinformação e com as notícias falsas”.

O debate, promovido pelos alunos da Apel, candidatos ao Parlamento dos Jovens, teve por objetivo a troca de opiniões e sugestões sobre as medidas elaboradas pelos estudantes, que serão levadas à Sessão Regional que terá lugar no dia 22 de março no Parlamento madeirense. Entre as propostas a levar para debate estão a “criação de um grupo de trabalho pelo Ministério da Educação, cujo objetivo seria produzir conteúdos digitais e/ou escritos sobre desinformação/ fake news, que depois seriam utilizados nas escolas em disciplinas como a Cidadania, Filosofia entre outras, para melhor sensibilização e formação das crianças e jovens sobre este assunto”; a “criação de uma entidade que tivesse a competência de atribuição de selos de qualidade aos órgãos de comunicação social, recorrendo a critérios predefinidos, como por exemplo um símbolo - fake news safe”; “a existência de plataformas com algoritmos para a deteção de notícias falsas - sistema automatizado de verificação de notícia baseado na técnica de processamento natural - presente em todas as redações”; e ainda mais formação para os profissionais de comunicação social, que devem ser auxiliados por “comentadores especializados” nas temáticas a abordar no tratamento noticioso diário.

Quanto à desinformação por vezes publicada em órgãos de referência, ficará certamente para mais tarde a abordagem do presidente jornalista José Manuel Rodrigues.

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