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  • Foto do escritorHenrique Correia

José Manuel Rodrigues pede desculpas ao povo do Porto Santo por ter sido esquecido



O presidente da Assembleia Regional deu enfoque ao estrangulamento da ilha pelos transportes aéreos e marítimos e à melhoria de condições do aeroporto.





José Manuel Rodrigues foi hoje ao Porto Santo para tocar em diversos pontos sensíveis da ilha, na relação com a República e com a Região, nas infraestruturas que faltam e na importância de dar dimensão ao Aeroporto enquanto alternativa ao do Funchal. Foram declarações na sessão solene do Dia do Concelho.

O presidente da Assembleia diz que "o Porto Santo não pode ser tratado como mais um Município de um arquipélago”, defendendo que “o Orçamento do Estado tem de ter em consideração a situação muito singular dos Municípios das ilhas, que devem ter transferências financeiras mais substanciais do que os restantes concelhos, já que enfrentam problemas e custos bem superiores aos seus congéneres continentais”.

Mas logo a começar a sua intervenção, o presidente do Parlamento apontou as primeiras palavras ao povo, como refere uma publicação no site da Assembleia: "As minhas primeiras palavras são para o povo do Porto Santo, a quem a nossa Região Autónoma e Portugal devem todos os reconhecimentos e desculpas pelos sacrifícios e pelos esquecimentos a que esteve votado, quer pelo Estado central quer pela ilha maior, durante muitos séculos”, começou por referir o Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira na Sessão Solene do 186.º Aniversário do Dia do Concelho do Porto Santo. No entanto, José Manuel Rodrigues, garantiu “a todos os porto-santenses, vivam na ilha ou na Diáspora, que esse tempo já lá vai e que os responsáveis políticos da Região, de todos os quadrantes, têm sempre presentes os vossos anseios e aspirações”. Reconheceu que “existem muitos problemas a resolver e alguns erros a corrigir, mas é igualmente certo que o Porto Santo percorreu, nas últimas décadas, um caminho de prosperidade e de desenvolvimento sem paralelo na sua História”.

José Manuel Rodrigues reconheceu que um dos principais estrangulamentos da economia está no setor do turismo e nas “ligações aéreas e marítimas com o exterior”. “A escassez de voos entre a Madeira, o continente e o Porto Santo, e os preços exorbitantes das viagens, põem em causa a economia desta ilha e ferem o princípio da continuidade territorial”, vincou.

“Como é possível que um madeirense, para se deslocar de avião ao Porto Santo, pague o dobro do que paga para viajar até o continente?”, questionou o Presidente do principal órgão de governo próprio.

“Alguns dirão que muitas destas ligações não são financeiramente viáveis, mas aceitando como verdadeiro o argumento, respondemos-lhes que esses são custos de insularidade e que, portanto, são custos de soberania que devem ser suportados pela República”, salientou.

A mesma informação do Parlamento refere palavras de José Manuel Rodrigues na exigência de melhores “condições para a pista e gare do Porto Santo”, para que “o aeroporto seja tecnicamente considerado “aeroporto alternativo”, em caso de inoperacionalidade do aeroporto da Madeira, uma situação que tem vindo a ocorrer com frequência e que precisa de uma solução que pode muito bem passar pelo transporte dos passageiros por via marítima para o Funchal, como já tem acontecido em casos excecionais”. “O Estado não pode ignorar este investimento prioritário no aeroporto do Porto Santo”, rematou.

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