Paula Cabaço diz que "esta situação tem sido evitada por um conjunto de boas práticas que passam pelo planeamento, diálogo e envolvimento da comunidade local envolvida".
A Madeira está a desenvolver, desde a pandemia, um verdadeiro boom do turismo, envolvendo uma maior quantidade nas sobretudo uma maior diversidade geracional de turistas, aliando o transporte aéreo ao trabsporte marítimo através do mercado de cruzeiros.
Mas esta realidade, bem recebida do ponto de vista da dinamização económica, pode originar outros problemas para os quais as entidades regionais devem estar preparadas. Por exemplo, o chamado "overtourism", uma designação que serve sobretudo para designar situações em que o impacto do turismo excede os limites físico, ecológico, social, económico ou político de um destino, foi também abordado nesta conferência, essencialmente no que se refere aos territórios de menor dimensão e insulares.
Paula Cabaço, a presidente do conselho de administração da APRAM, foi uma das participantes de um painel sobre “Os desafios do Turismo de cruzeiros nas ilhas”, no âmbito de 62.ª Assembleia Geral da Medcruise que decorre na ilha de Corfu, na Grécia e reuniu cerca de 200 participantes. Nesta deslocação, a presidente do CA da APRAM foi acompanhada pela diretora Comercial da empresa, Patricia Bairrada, revela uma nota da Administração de Portos.
A presidente da APRAM considera fundamental a adequada planificação dos fluxos gerados pelo turismo de cruzeiros, bem como a boa articulação entre o Porto do Funchal, os operadores turísticos locais e o respetivo município na procura de soluções conjuntas para a circulação de turistas na cidade, determinantes para evitar eventuais constrangimentos.
Paula Cabaço reiterou que “esta situação tem sido evitada por um conjunto de boas práticas que passam pelo planeamento, diálogo e envolvimento da comunidade local envolvida. "A planificação dos fluxos de turistas de cruzeiros começa no próprio porto – lembramos que 50% dos turistas de cruzeiro saem em excursões - com o agendamento das entradas de autocarros, táxis e diferentes viaturas de transporte que no ano passado, ascendeu a um total de 16 442 movimentos de viaturas, entre autocarros, táxis, carrinhas e outros tipos de veículos, sendo que 7459 foi só de táxis”, referiu Paula Cabaço que defendeu também uma boa articulação com outras entidades, de modo a minorar os impactos. Exemplificou com “a boa ligação que existe com a Câmara Municipal do Funchal, tendo sido encontrada uma definição conjunta para o estacionamento dos schutles que ligam o porto ao centro da cidade.”
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