Presidente da República diz que o Representante garantiu-lhe que os partidos iam criar condições para aprovar o Programa de Governo e o Orçamento. Albuquerque entrega terça-feira o Governo a Ireneu Barreto.
O Representante da República decidiu, como se sabe, convidar o líder do partido vencedor das eleições regionais, Miguel Albuquerque, do PSD, para formar Governo em consequência da consulta popular de 26 de maio. Não ganhou por maioria absoluta, mas ainda assim, face a outra alternativa também minoritária, do PS e JPP, Ireneu Barreto indigitou Albuquerque e garantiu que, em princípio, estavam reunidas condições para aprovar o Programa de Governo e o Orçamento da Região, o que significaria que da parte do CHEGA, do PAN e da Iniciativa Liberal, a percepção de Ireneu, direta ou indiretamente, era a de que estes partidos não iam hostilizar nas votações. Ou seja, na pior das hipóteses, abstinham-se e o Programa de Governo passava com 21 votos (PSD e CDS) contra 20 (PS e JPP), uma vez que apenas é necessária uma maioria simples.
Acontece que nos dias seguintes, tanto o CHEGA como a IL vieram desmentir qualquer promessa de viabilização, com declarações que podem comprometer a aprovação do programa de Governo, o que significava a queda do Governo de Albuquerque atendendo a que está associada uma moção de confiança.
Hoje, o Presidente da República fez declarações que vinculam Ireneu Barreto a esta decisão, comprometendo o Representante à indicação de uma fórmula de Governo e a uma situação de estabilidade que também terá garantido ao Chefe de Estado. Marcelo diz mesmo que Ireneu Barreto garantiu que, em princípio, está garantida a aprovação do programa de Governo.
O Presidente da República diz não ver, neste momento, qualquer hipótese de intervir "depois do que disse o senhor Representante da República, de se dar o cenário que, segundo disse, os partidos iriam criar".
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