"Nas ofensas pessoais André Ventura está bem para Albuquerque"
- Henrique Correia
- 25 de ago. de 2020
- 2 min de leitura
Paulo Cafôfo reagiu ao comentário do líder do Chega falando nos "palhaços habituais"

O líder do PS-Madeira já reagiu às declarações de André Ventura, o líder do Chega, que no seu Facebook fez uma declaração criticando o posicionamento de Paulo Cafôfo sobre o "perigo do namoro político" entre o Chega e Albuquerque. Chega fez um comentário que se enquadra na dialética política vigente na sociedade portuguesa, sendo que nuns casos o radicalismo de discurso assume contornos a que os portugueses já se habituaram. Vejamos este "mimo" de Ventura para o líder do PS-M: "Os palhaços habituais a serem palhaços habituais. Nada de novo na República". E Cafôfo responde mais suave, ainda que para atingir, de uma "cajadada só", os dois lados do que considera ser o "namoro": "Realmente nas ofensas pessoais, André Ventura está bem para Miguel Albuquerque".
Claro que era bom que a política não fosse assim, não é exclusivo do Chega nem qualquer partido pode colocar-se de fora, uma vez que algum dia, um qualquer militante ou mesmo ditigente, foi além da linha que naquela atividade umas vezes está mais para cá, outras vezes está mais para lá. É como convém e quando dá. É mau, não há elevação do discurso. Não deve ser uma "fatalidade", mas só terá consequência quando o eleitorado souber que tudo é uma questão de atitude. Do povo, também. Ou essencialmente.
Mas vamos a Cafôfo, que num ato público disse ser importante questionar o presidente do Governo Regional da Madeira "se quer ser presidente do Governo, se quer governar a Madeira, se quer ser apoiante do Chega ou se quer ser presidente da República". Já antes, dias antes, tinha afirmado que "com este apoio, Albuquerque, enterra a social democracia e faz um corte ideológico com a história do seu partido. Não tenhamos medo das palavras, o Presidente do Governo Regional defende uma coligação com um partido da extrema-direita, racista e xenófobo. E mais, ao contrário de Rui Rio, nem pede mais moderação ao partido de André Ventura".
Questões legítimas para quem está, politicamnete, do lado oposto, como é Cafôfo relativamente a Miguel Albuquerque. É a oposição a questionar o governo, legitimamente, sendo que queremos acreditar, que mesmo havendo uns "tiros nos pés" neste episódio com o líder do Chega, Albuquerque nunca chegaria a determinado patamar de linguagem. Admitir acordos com Ventura, tudo bem, pode ser criticável, mas é legitimo. Fazer política igual é outra coisa...
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