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  • Foto do escritorHenrique Correia

PSD nomeia assessor parlamentar a ganhar mais do que os deputados


Como se vê, a diferença de metodologia entre partidos é quase nula, a diferença está mesmo na dimensão do serviço, da clientela, de acordo com a área e expansão de poder que cada partido tem.



Já aqui referi por diversas vezes, por ser essa a minha opinião, que obviamente vale o que vale, para mim muito como será fácil e compreensível, sustentada em várias experiências da vida e dos contactos, mais ou menos próximos, com a política e com os políticos, que o problema da política em si é mesmo o poder, independentemente das questões partidárias e ideológicas, sendo que as próprias matrizes dos partidos mudam quando chegam ao poder ou, de algum modo, exercem um qualquer poder, desde os órgãos internos às representações parlamentares, passando pelos governos, locais, nacionais e regionais, comportamento que se agrava quando chegam ao poder em função da disponibilidade de lugares, além do campo de influência.

Seja qual for o e exercício do poder, há o compadrio, clientelismo, o favor, a benesse, o emprego e os lugares de serviço, cujo preenchimento tem como prioridade a militância e não a competência. É um problema que vai do PCP ao PSD, do CDS ao PS, passando um pouco pelos outros de acordo com o poder que cada um tem.

Já sabemos que isso acontece com o PSD na Madeira, um conhecimento de mais de 40 anos, agora também com o CDS a reboque da distribuição de lugares, já a pensar em 2023. Mas também acontece nas câmaras, com diferentes partidos, e ainda nos próprios partidos, internamente, que procuram compensar os militantes de primeira e até de segunda linhas. Acontece com o PS na República, com nomeações que nunca mais acabam, e agora acontece com o PSD mesmo na oposição. A nova liderança também distribui os seus lugares, tudo isto à conta de um princípio lógico da equipa de confiança. Segundo o Expresso, o PSD contratou um coordenador autárquico para consultor parlamentar por 4.150 euros, um valor superior ao auferido pelos deputados, 3.800 euros. Fora o resto...

O Expresso escreve que "Pedro Alves, que também é presidente da distrital de Viseu e da direção da Viseu Marca, poderá continuar a dar aulas e exercer as suas novas funções em teletrabalho. Deputados sociais-democratas temem que a nomeação sirva para os “tentar controlar".

Como se vê, a diferença de metodologia entre partidos é quase nula, a diferença está mesmo na dimensão do serviço, da clientela, de acordo com a área e expansão de poder que cada partido tem, mobilizando-se na esfera de influencias junto da sociedade, de tal modo que vários setores da sociedade dependem desses poderes, direta ou indiretamente. Há dependências históricas, têm a ver com as "histórias" de poder dos partidos e dos governos.

Por isso, a esperança na Democracia plena é uma utopia. Mas é óbvio que a Democracia é o menos mau dos sistemas .

Siga nova reflexão em nova nomeação. Das relevantes. Se fosse para refletir sobre nomeações nos Governos, cá e lá, não fazia outra coisa que não fosse refletir...era exaustivo para todos...


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