Cerimónia de transferência de comando acontece a 1 de outubro, Dia do RG3, pela primeira vez a um sábado, dia de extras, depois da "revolta" da tropa por horas a mais. O comandante do RG3 tomou posse a semana passada. Cerimónia "restrita".
Pouco tempo depois do surpreendente "levantamento de rancho" por abuso de horas extras, turnos de 24 horas, o RG3 faz pela primeira uma transferência de comando da Zona Militar da Madeira a um sábado, dia de mobilização geral que exige recurso a horas extras. Mesmo sendo 1 de outubro o Dia do RG3.
A situação é mais estranha, ainda, pelo facto da cerimónia de saída do general de duas estrelas Pedro Sardinha e entrada do general de uma estrela Luís Ricardo Monsanto, ocorrer pouco mais de uma semana depois de uma cerimónia "secreta" ou "restrita" envolvendo a posse precisamente do Comandante do RG3, que assim foi empossado sem a pompa e circunstância a registar sábado.
Este facto está a gerar algum descontentamento, mais um neste contexto de mudança de comando, que já deveria ter ocorrido há muito tempo. De facto, o cargo deve ser formalmente ocupado por um general de uma estrela, mas durante este período transitório foi ocupado indevidamente por um general de duas estrelas, como é o caso do Major-General Pedro Sardinha. Um atraso e uma realidade que muitos consideram pouco adequada ao rigor militar no âmbito da presença do Exército na Região, apesar deste ramo das Forças Armadas ser o único com presença apenas no concelho do Funchal.
À parte destas questões internas que validam a expressão popular, com ironia, "estão a brincar com a tropa", surgem as questões protocolares de despedida. O presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, José Manuel Rodrigues, recebe esta quarta-feira, pelas 11h15, em audiência de apresentação de cumprimentos de despedida, o Comandante da Zona Militar da Madeira, o Major-General Pedro Sardinha.
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